O deputado Gervásio Maia (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, lamentou que adversários políticos do governador Ricardo Coutinho estejam protagonizando uma “querela” em torno de um assunto de interesse público, ao comentar a polêmica em torno do fim do racionamento de água em Campina Grande e em outros municípios que integram o chamado “Compartimento da Borborema”. Gervásio Maia salientou que apoia integralmente a decisão do governo do Estado de fazer cessar o racionamento explicando que as águas do rio São Francisco já chegaram ao açude Boqueirão.
– Não há, a meu ver, razão para impor à população uma situação de racionamento se a realidade é outra – frisou o dirigente da Casa de Epitácio Pessoa. E acrescentou: “É profundamente lamentável que existam pessoas que estejam tratando esse assunto dessa forma, tornando uma questão grave e complexa em querela política. É uma atitude mesquinha que não aproveita ao debate em torno do assunto e das prioridades da população de Campina Grande”, assinalou Gervásio Maia. Que arrematou: “O racionamento, queiram ou não, vai ter que terminar porque a solução foi dada e é fruto de uma decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando tornou real o projeto de transposição das águas do rio São Francisco”.
O deputado Gervásio Maia opinou, ainda, sobre questões políticas ligadas à sucessão estadual em 2018 ao governo do Estado. Ele defendeu o projeto socialista e o nome do secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos, João Azevedo, que foi submetido à apreciação dos integrantes do partido e dos aliados de outros partidos eventualmente interessados em fazer parte de uma composição no próximo ano. De acordo com o presidente da Assembleia, o nome de João Azevedo vem sendo citado em vários encontros do partido “por uma razão muito simples”: ele participou do projeto socialista desde os tempos da prefeitura de João Pessoa, quando foi exercida por Ricardo Coutinho. Salientou que no governo do Estado Azevedo tem sido uma peça fundamental em toda a engrenagem.
– Pessoalmente, entendo que o PSB deve decidir por um nome que tenha ligação direta com o projeto que vem sendo posto em prática e que é reconhecido e aplaudido por segmentos da opinião pública paraibana. João Azevedo, indiscutivelmente, é a melhor opção que temos para 2018 – expressou Gervásio. O presidente da Assembleia Legislativa chegou a ter seu nome cogitado para concorrer ao governo do Estado e se animou com a possibilidade, mas preferiu disputar um mandato de deputado federal após consultas feitas às suas bases políticas. No momento, Gervásio está empenhado em ampliar o raio de sua atuação pelo Estado. Ele adverte as oposições, que se uniram em 2016 na disputa municipal e tentam se aglutinar agora no páreo estadual, para que evitem cantar vitória antes do tempo, prevenindo que o esquema governista tem cacife para decidir a parada. Até então filiado ao PMDB, do qual saiu por “desencontros”, Gervásio garantiu que nutre profunda admiração pelo senador José Maranhão e que não será obstáculo para uma aliança entre peemedebistas e socialistas se este for o pensamento da maioria e se for conveniente ou interessante para as perspectivas socialistas.
Nonato Guedes