O vereador João “Corujinha”, do PSDC, eleito para a presidência da Câmara Municipal de João Pessoa no segundo biênio do atual período que é administrado por Marcos Vinícius Nóbrega, a partir de janeiro de 2018, declarou-se surpreso com o pedido formulado pelo vereador João Almeida (SD) para anular a eleição que foi processada com antecedência. “Corujinha” opinou que a tentativa de anulação carece de fundamento, já que a eleição foi revestida de legalidade. “Se ele (João Almeida) queria tanto ser presidente deveria ter apresentado a chapa na época em que se realizou a eleição. Mas João, no dia da votação, não quis votar, e, na hora do escrutínio se ausentou do plenário”, afirmou “Corujinha”, que tomou conhecimento da manobra em São Paulo, onde cumpriu agenda com o atual presidente Marcos Vinícius, do PSDB.
João “Corujinha” já retornou a João Pessoa para se inteirar das articulações do colega no sentido de destituí-lo, mas disse que confia nos vereadores que o elegeram, dentro de regras fixadas pelo regimento da Casa de Napoleão Laureano. O atual presidente, que também manifestou surpresa diante da reação de João Almeida, anunciou uma deliberação sobre o assunto na próxima semana quando retornar da viagem que empreende pelo eixo São Paulo-Rio. Na capital paulista, a comitiva do legislativo pessoense esteve com o prefeito João Doria e com o governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Os contatos foram considerados positivos pelo dirigente da Câmara.
A intenção de Marcos Vinícius é de reunir com os outros integrantes da Mesa da Câmara e ponderar que a solicitação de anulação seja negada por não obedecer a requisitos legais que a fundamentem. Enquanto isso, a Câmara do município do Conde, no litoral paraibano, elegeu emsessão extraordinária, ontem, o vereador Daniel Severino, do PR, como novo presidente da Casa para o biênio 2017-2018. Um grupo de vereadores se absteve de participar da votação e ameaça ingressar na Justiça para a realização de outro pleito na próxima segunda-feira. A eleição foi convocada devido à renúncia, na semana passada, do então presidente Naldo Cell, do PT, depois de um atentado de que foi vítima em sua residência. Naldo havia sido afastado por um período de 20 dias após denúncia de suposta prática de improbidade administrativa, com irregularidades como contratações ilegais, nepotismo e superfaturamento. O vice Ricardo da Silva Pereira também renunciou, o mesmo fazendo o terceiro secretário. A presidência vinha sendo ocupada por Juscelino Correia (PPS), que marcara a eleição para segunda-feira.