A TV Assembleia, que nas gestões de Adriano Galdino e Gervásio Maia (atual) tem investido na produção de documentários históricos, bem como em debates e entrevistas sobre assuntos de interesse da Paraíba, vai resgatar a trajetória de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito, que foi sepultado ontem em João Pessoa. Dom José faleceu no domingo à noite em Belo Horizonte e seu corpo foi transladado na madrugada de ontem para a Capital paraibana, onde recebeu homenagens do povo e de autoridades. A jornalista Vall Franca, Chefe da Comunicação Institucional da Assembleia, afirma que o documentário sobre dom José fará justiça a uma figura extremamente importante que durante quase 30 anos deixou um legado forte em nosso Estado.
Um dos documentários que a TV Assembleia produziu teve por objetivo resgatar a personalidade de Assis Chateaubriand, cognominado “Rei do Brasil”, mentor de um império de comunicação – os Diários e Emissoras Associados, que esteve presente na Paraíba, terra natal dele. Vall Franca explica que a TVALPB cumpre, com esses documentários, o papel de informar a população paraibana sobre a importância que personagens ilustres tiveram no contexto nacional e internacional. Salientou que Dom José foi uma pessoa muito querida pelos paraibanos porque assumiu bandeiras identificadas com as aspirações populares.
O corpo do arcebispo foi sepultado na Basílica de Nossa Senhora das Neves na tarde de ontem, após ser velado por católicos de diversas paróquias de João Pessoa e cidades do interior, na Catedral, no Centro da Capital. O atual arcebispo dom Manoel Delson definiu que dom José fez um trabalho muito importante na Arquidiocese da Paraíba, com repercussão no Nordeste e até no exterior. “Ele nos deixou uma mensagem de compromisso com os mais pobres, de dedicação aos mais fracos, incentivou o protagonismo dos negros e foi coerente do ponto de vista de ser um bispo do povo e para o povo”, assinalou dom Delson. Nascido em 15 de março de 1919 na cidade de Córregos, Minas Gerais, dom José Maria Pires foi arcebispo da Paraíba entre os anos de 1966 a 1995. Faleceu aos 98 anos em decorrência de problemas pulmonares. Mesmo já afastado da Arquidiocese e vivendo em Belo Horizonte, nunca deixou de vir à Paraíba para participar de eventos do calendário histórico como a procissão da Penha, que é tradicional.
Nonato Guedes