O governador Ricardo Coutinho (PSB) detonou adversários políticos seus que criticam a terceirização de serviços na Educação com a contratação de Organizações Sociais (OS). Durante solenidade de entrega de carteiras de trabalho a profissionais que prestam serviços de apoio nas unidades escolares da rede estadual, o gestor socialista qualificou os adversários que o criticam de “incompetentes” e ressaltou que eles não teriam condições de realizar um trabalho semelhante ao dele.
“Que bobagem dita pela Oposição! Como eu poderia privatizar a Educação se pretendo até o final do ano realizar um concurso público nessa área? São derrotados mais uma vez aqueles que apostaram na mentira. O mesmo pessoal que apostou que o fim do racionamento secaria o açude de Boqueirão, em Campina Grande, esse mesmo grupo que faz a política atrasada, sabe que está derrotado”, adiantou o chefe do Executivo. Ricardo fez questão de contar com a presença de representantes do Tribunal de Contas do Estado no evento, a exemplo dos conselheiros Arthur Cunha Lima e André Carlo Torres.
Presidente do TCE, André Torres admitiu que existem várias formas de um governo atingir objetivos, seja admitindo pessoal através de concurso, através de empregos terceirizados ou de organizações sociais. O importante, de acordo com o dirigente da Corte de Contas, é comprovar se a opção efetuada pelo Estado se insere no leque de oportunidades que a legislação oferece. O argumento foi endossado pelo conselheiro Arthur Cunha Lima, que enfatizou: “Estamos aqui para analisar a legalidade dos atos públicos”. O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hervázio Bezerra (PSB), não deixou por menos.
Hervázio fulminou: “A oposição mais uma vez falou besteira ao querer terceirizar a educação. Essa foi uma forma legal e competente para que o servidor tenha o respeito que merece. A presença do Tribunal de Contas do Estado é importante porque confirma o aval da Corte a esse procedimento adotado pela administração estadual, levando em conta critérios como o da legalidade e da impessoalidade, inerentes ao serviço público”.
Nonato Guedes