O deputado Gervásio Maia (PSB), presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, revelou que tem recebido manifestações de apoio à luta que deflagrou contra a privatização da Companhia Hidrelétrica do São Francisco-Chesf, que ele considera um patrimônio valioso e indispensável para a região. Na quarta-feira, o dirigente da ALPB deu entrada a uma propositura solicitando a criação de uma Frente Parlamentar para se insurgir contra a privatização. O projeto está em processo de tramitação na Casa de Epitácio Pessoa e deverá ser votado pelos parlamentares dentro dos próximos dias.
Gervásio Maia afirmou que a postura do governo federal em relação à empresa tem colocado em risco as mais diversas funções estratégicas do Rio São Francisco, além de gerar insegurança em relação à questão energética e ao processo de gestão das águas. “Eu tenho certeza de que nós vamos contar com a unanimidade dos colegas para evitar que uma empresa tão importante seja entregue ao setor privado”, ressaltou o presidente da Assembleia, acrescentando que a temática interessa a todos os paraibanos e ao povo nordestino em geral. “Por isso, a Assembleia precisa enfrentar esse debate”, destacou.
O presidente salientou que o Nordeste tem assistido ao longo dos anos ao esvaziamento de estatais que são essenciais para o desenvolvimento da região e ao desmonte de outras empresas com potencial para liberar recursos. No caso da Chesf, considera que é um patrimônio construído através de lutas do povo nordestino e que é valioso para a continuidade das políticas de desenvolvimento, sobretudo diante de desafios que estão postos na atualidade. De acordo com ele, as manifestações de apoio que são hipotecadas à sua proposta e que partem de segmentos variados atestam a consciência existente sobre o significado da Chesf e a necessidade de preservá-la. Ainda na Assembleia Legislativa, a deputada Camila Toscano, do PSDB, lembrou o transcurso do Dia do Profissional de Educação Física e falou da importância da categoria para a manutenção da saúde e da qualidade de vida da população. A deputada também comemorou a sanção de lei que isenta o personal trainer do pagamento de taxas em academias, lembrando que foi a autora da propositura.
Camila Toscano denunciou que decorrido quase um ano após a sanção da lei, academias ainda querem cobrar taxa de personal. “Mas nós estamos vigilantes e cobrando a correta aplicação da legislação”, assegurou ela, finalizando: “Esse projeto levaria a atividade física, saúde e disciplina para os estudantes, além de garantir mais postos de trabalho para os profissionais de educação física que se dedicam e que desempenham um trabalho fundamental”.
Nonato Guedes