O Tribunal do Facebook não perdoa nem mesmo acidentes e tragédias naturais. O rastro de destruição provocado pelo furacão Irma, nos Estados Unidos, gerou muita comoção e mensagens de solidariedade nas redes sociais. Mas também foi tema para mensagens de ódio contra o governo cubano. Postagens ironizavam que o furacão teria passado por Cuba, mas não encontrou nada para destruir, porque os Castros já teriam feito isso antes. O Tribunal do Facebook não perdoa nem mesmo acidentes e tragédias naturais. O rastro de destruição provocado pelo furacão Irma, nos Estados Unidos, gerou muita comoção e mensagens de solidariedade nas redes sociais. Mas também foi tema para mensagens de ódio contra o governo cubano. Postagens ironizavam que o furacão teria passado por Cuba, mas não encontrou nada para destruir, porque os Castros já teriam feito isso antes.
Ainda bem que ao contrário dos brasileiros que brincam com a tragédia alheia, há quem veja a necessidade apenas de solidariedade neste momento. Não por acaso, o governo cubano enviou médicos para várias ilhas caribenhas devastadas pelo furacão Irma. Mais de 750 profissionais de saúde chegaram em Antígua, Barbuda, São Cristóvão, Nevis, Santa Lúcia, Bahamas, República Dominicana e Haiti. Eles devem seguir as orientações do Ministério da Saúde Pública e contribuir para a recuperação das regiões atingidas. Vale lembrar que Cuba já tem uma história de envio de pessoal médico quando outras nações estão em necessidade, tendo agido assim durante a crise do Ebola na África Ocidental em 2014 e 2015.
A solidariedade cubana gerou comentários e reflexões. Cuba dá exemplos humanitários, disse um internauta. Quisera poder me mudar para Cuba, mas a família não me permite. Os coxinhas vão dizer que é propaganda. Que os americanos é que são bonzinhos, porque levam a democracia com bombas, afirmou outro. Enquanto isso, uma parte dos nossos médicos se ocupam em ganhar dinheiro e xingar o colega que acompanhou o ex-Presidente Lula na caravana, acrescentou um terceiro internauta.
Conforme noticiou a imprensa, o furacão Irma, com ventos de 250 km por hora, deixou um rastro de destruição pelo Caribe, onde ao menos 25 pessoas morreram. O furacão teve intensidade maior refletida nos estragos pelas Ilhas Virgens Americanas, por Barbuda, pelas Ilhas de São Martinho e de São Bartolomeu, por Porto Rico, pela República Dominicana e por Cuba. Na Flórida, foi rebaixado à categoria 2, com ventos de até 177 km/h, mas causou ao menos três mortes. Segundo informações do portal UOL, tropas brasileiras no Haiti permaneceram em Minushtah, em razão da passagem pelo norte do país do furacão Irma. A retirada das tropas foi prorrogada para o dia 17 de setembro. A missão encerrou oficialmente suas patrulhas militares em 30 de agosto passado e estão, no momento, em preparação para a desativação completa da missão até 15 de outubro.
Diante da gravidade e a excepcionalidade da situação, bem como do histórico de cooperação diante de desastres naturais no Haiti, parte do contingente brasileiro foi deslocado preventivamente para a região que se encontra na rota do furacão, de forma a minimizar seu impacto por meio de orientação à população e prestação de ajuda humanitária imediata, informou o Itamaraty sobre o Haiti, revela o portal.
Linaldo Guedes