Ele é físico de formação. Tem especialização em tecnologia da educação. Também é mestre em Física e atualmente se debruça sobre os livros na busca de embasar sua pesquisa de doutorado, na área da física mesoscópica. Passou os últimos vinte e tantos anos de sua vida dentro de uma sala de aula ensinando a jovens uma física que nem sempre está nos livros, mas que, certamente, cerca a toda a gente que nem sempre a vê. Mas não foi apenas isso. Ao longo dessas mais de duas décadas, também se dedicou a literatura. O livro Histórias de minha terra a história da cidade que nunca foi contada acabou de ficar pronto.
A obra traz um relato fictício inspirado em fatos que viveu, viu ou ouviu alguém contar durante sua infância e adolescência vivida na cidade paraibana de Umbuzeiro, onde nasceu. Bom, quase pronto. A publicação ainda não está certa e esse é o capítulo que o professor, que nas horas vagas é escritor, enfrenta: levantar fundos que o possibilitem ver impresso o sonho de uma vida.
A obra ainda não saiu das telas do computador. Em orçamento feito em uma gráfica recifense, o físico ora escritor ressalta que precisa de apoio financeiro para colocar um ponto final nesta história toda e ver sua obra ganhar vida, ou melhor, capa e contracapa e um bom tanto de páginas, quiçá algumas ilustrações.
Esse é o desejo que a soma de cerca de cinco mil reais poderá tornar realidade. Para isso o professor inscreveu o projeto de publicação de sua obra numa plataforma virtual de financiamentos coletivos, de cunho plural, e tenta, com apoio de familiares, amigos, conhecidos, amantes da literatura, conhecidos de conhecidos, e por aí vai, arrecadar a quantia necessária.
A plataforma a qual se refere o professor Anderson Vieira é o fundo de investimento coletivo Catarse, um crowdfunding que pode ser acessado pelo link https://www.catarse.me/historias_de_minha_terra_723a. Através deste site, as pessoas que queiram apoiar o projeto literário podem depositar qualquer quantia acima de 10 reais, não havendo teto para as doações que se dão através de depósitos a partir de crédito autorizados em cartão ou boleto bancário. A arrecadação tem um prazo.
De acordo com o professor Anderson, restam apenas 15 dias e a meta ainda não foi batida. Ele explica que somente receberá a importância necessária a publicação do livro se todo o valor for arrecadado. Do contrário, toda a quantia doada até agora será automaticamente estornada a cada um dos apoiadores.
Para alcançar a meta, o professor de física vem divulgando o link da plataforma em diversas redes sociais e contado com o apoio dos amigos e simpatizantes que, por sua vez, também compartilham a publicação. Não tenho intenção de lucrar com o a venda dos livros, caso consiga publicá-lo. “Meu objetivo, além de ver a obra ganhar vida, é doar todo o dinheiro que vier com a sua venda para instituições de caridade de João Pessoa e Umbuzeiro, ressalta o autor. E acrescenta: “Acredito no crescimento cultural e intelectual de jovens a partir da prática da boa leitura, mesmo que a indústria digital tente impor a cultura do plug and play. Não se pode levar a sério uma sociedade que não lê, comentou.
Por ora, aos que colaborarem com o projeto, vão receber um souvenir contendo a introdução e o primeiro capítulo do livro Histórias de minha terra a história da cidade que nunca foi contada. Alguns dos apoiadores que já leram o agrado literário esboçaram algumas opiniões sobre a obra. O também professor de física João Medeiros fez o seguinte relato: Histórias da Minha Terra, certamente poderia ser também da minha terra e de tantos outros. Um passeio, uma coletânea de escutas de beira de calçada ou provavelmente conversas de pé de fogão, muito bem retratadas e com um nítido cuidado com os detalhes.
Aquelas pessoas de Y-mb-Ú ficarão gratas pelas lembranças e pela forma generosa, às vezes cômica, de como são levadas nesse túnel do tempo. Bem eu fiquei. E olha que nem sou de lá. Já o colaborador Luis Loureiro comentou: Maravilha de conto! Muito empolgante, uma grande trama, do início ao fim, uma grande expectativa sobre o nascimento do lendário Sebastião, além de uma linguagem peculiar e diversificada, com repentes de logismos regionais misturados, harmoniosamente, a uma narrativa simples e retocada de aforismos linguísticos.