A onda de assaltos faz mais uma vítima na imprensa paraibana.
Na semana passada o jornalista Antônio Malvino foi alvo da ação dos bandidos. Agora foi a vez da jornalista Angélica Lúcio entrar nas estatísticas da violência.
“Passa a aliança, passa a aliança! Me dá a corrente, me dá o celular, me dá o celular! Eu ouvia os gritos do bandido, um pivete de menos de 15 anos de idade, e obedecia ao que ele me pedia. Era pouco mais das 12h, e eu virei estatística em João Pessoa. Fui mais uma vítima de assalto. Assalto a mão armada”, relatou Angélica em sua página no facebook.
Segundo ela, os assaltantes eram menores de idade. “Levaram minha aliança e o celular (que comprei em 12 parcelas e só paguei cinco até agora). Não levaram a bolsa, imagino, porque era grande e iria atrapalhar a fuga. Pediram o colar, mas não levaram. O assaltante ainda chegou a puxá-lo do meu pescoço, mas viu que não valia a pena, era bijuteria. Levaram carteira e dois telefonares celulares da pessoa que me esperava – um amigo que faz serviços de Uber. Também levaram a chave do carro, mas a encontramos depois no fim da rua”.
Ela conta que ainda está assustada com tudo que aconteceu. “Eram dois adolescentes, ambos com revolveres, sem capacetes, numa moto cinquentinha sem placa. Poucas horas antes, uma colega de trabalho havia recebido o telefonema de um sobrinho, que tinha acabado de ser assaltado. Na hora, eu pensei: preciso decorar o número novo do celular do meu marido. Se eu for assaltada, não terei como telefonar para ele. Não deu tempo de decorar. Meu marido só soube do assalto quando cheguei em casa. Sem aliança, sem celular e com um triste episódio que vai demorar a sair da minha mente. Graças a Deus, graças a Deus, graças a Deus, estou bem. Obrigada, Senhor, por cuidar de mim. Vão-se os anéis e ficam os dedos”, postou ela.
A postagem teve vários comentários, todos prestando solidariedade. “Será que não existe uma autoridade na Segurança Pública, capaz de dar um basta nos assaltos praticados por esses “meninos” que andam de moto? Acho tão primário e predatório o “modus operandi” deles, que custa a crer no poder de fogo desses marginais mirins, frente à inoperância policial. Já não falo mais nem nas explosões de caixas eletrônicos, é uma ação mais ousada, requer planejamento tanto para realizar, como para combater. Mas é inconcebível, em pleno século XXI, que uns vagabundos armados, pilotando uma moto cinquentinha, estejam subtraindo bens e a vida de pessoas honestas, sem que haja nenhuma reação das autoridades”, postou indignada a jornalista Marcela Sitônio.