Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, além de provável candidato do PT a presidente da República se houver impedimento para a elegibilidade de Lula, Fernando Haddad estará amanhã em João Pessoa para proferir palestra às 19h, no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, no Centro Histórico. Ele atende a um convite formulado pelo Instituto de Arquitetura do Brasil e vai discorrer e responder a indagações sobre a conjuntura nacional e o governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Embora não tenha sido reeleito prefeito de São Paulo em 2016, Fernando Haddad é avaliado internamente, inclusive pela cúpula, como um quadro valioso do Partido dos Trabalhadores, inclusive, para disputar o Palácio do Planalto na hipótese de ser barrada na Justiça uma virtual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado a nove anos e seis meses de prisão. Oficialmente, expoentes da cúpula nacional petista não trabalham com a “alternativa Haddad”. Ainda ontem, a presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PT-Paraná) ressaltou a jornalistas que o partido não tem planos alternativos – sejam A, B ou C. “Só temos o Plano “L”, de Luiz Inácio Lula da Silva”, revelou Gleisi.
Haddad chegou a se incorporar à recente comitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Nordeste, com ele se encontrando num dos trechos do percurso entre os Estados por onde a caravana lulista passou, a pretexto de dialogar com a população sobre as necessidades da região e cobrar medidas do governo Temer em benefício dos nordestinos. Dirigentes, filiados e simpatizantes do PT desenvolvem um esforço concentrado para manter acesa a chama da agremiação, diante de notícias constatando um profundo desgaste da legenda, no bojo de escândalos que alcançaram ícones como o próprio Lula. Os petistas acreditam numa reabilitação graças aos problemas que estão desgastando o presidente Michel Temer e a episódios contra o senador Aécio Neves, do PSDB, que foi afastado do mandato e ainda inquinado a cumprir prisão domiciliar, desencadeando-se um confronto por causa disso entre o Supremo Tribunal Federal e a presidência do Senado.
Nonato Guedes