O prefeito Romero Rodrigues (PSDB), que dirige os destinos de Campina Grande no transcurso, hoje, dos 153 anos de fundação, ressalta que são inúmeras as características que a projetam como uma espécie de metrópole no Nordeste brasileiro, mas salienta a pujança empreendedora dos seus habitantes e filhos adotivos como a marca maior. Na definição do engenheiro Geraldo de Magela Barros, que mora há mais de 36 anos nas margens do Açude Velho, a cidade dispõe de um clima espetacular, “uma espécie de ar condicionado a céu aberto, um lugar que nem é grande nem é pequeno, perto de todos os centros e capitais do Nordeste”.
Campina Grande – além da vocação desenvolvimentista do seu povo – caracteriza-se pela inventividade refletida na promoção do que se convencionou chamar de Maior São João do Mundo, bem como no incentivo às artes, à cultura, aos monumentos artísticos. O Sistema Indústria da Paraíba, que congrega a Fiep, Sesi, Senai e IEL, divulgou mensagem afirmando que se orgulha de acompanhar de pertoo desenvolvimento de Campina Grande, “que há mais de um século registra em sua história grandes marcos de pioneirismo e se consolida como cidade inovadora e empreendedora”. O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, que já foi prefeito de Campina Grande, qualificou a cidade como “agregadora”, acolhendo pessoas de diferentes localidades ou regiões que têm interesse em investir nas potencialidades que existem ali.
As forças produtivas, lideranças políticas e agentes culturais de Campina Grande estão sempre empenhadas em atrair conquistas para a cidade. Recentemente, uma dessas mobilizações resultou na elevação da Feira Central da Rainha da Borborema à condição de patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Uma das maiores do Nordeste, a Feira Central é uma espécie de ícone, conservando, ainda hoje, a sua importância histórica e econômica. Ao ensejo dos 153 anos de fundação de Campina, a Universidade Estadual da Paraíba celebra os seus 30 anos de estadualização, identificando-se como um centro voltado à força de um povo que cresce através da educação. A partir de 1940, todo o centro de Campina Grande foi modificado através de um decreto que obrigava que todo estabelecimento ali situado – comercial ou residencial – tivesse uma fachada que atendesse ao estilo Art Déco, que era o máximo da modernidade na época. “A intenção de Wergniaud Wanderley era modernizar o município, mas seu plano não obedecia a nenhum caráter preservacionista”, lembra o cientista político Fábio Machado, observando que resquícios dessa época ainda são vistos a olho nu em campina Grande.
– É uma cidade cativante, hospitaleira e progressista – define Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), atual deputado federal e que foi prefeito de Campina Grande em dois mandatos. Na sua opinião, nenhum governo estadual ousou contrariar ou ignorar reivindicações formuladas pelo povo de Campina Grande através dos seus representantes políticos e das entidades de classe. “A cidade não sobrevive do poder público, mas o próprio poder público sabe que tem responsabilidades e a obrigação de investir em Campina Grande, compartilhando com as aspirações da sua gente e do seu povo por mais progresso, mais desenvolvimento”, acrescenta Veneziano Vital do Rêgo. E Romero Rodrigues conclui: “A população e a cidade estão estruturadas para o futuro, para investir na expansão, na hegemonia. Este é um dos trunfos valiosos da Rainha da Borborema”.
Nonato Guedes