A promotora de Justiça da cidade de Bananeiras, Ana Maria Pordeus, rebateu as insinuações feitas pelo prefeito Douglas Lucena, do PSB, que teve o mandato cassado pela Justiça no último dia (31), de que a decisão teria sido motivada por interesses estranhos ao processo. As informações foram repercutidas pelo radialista Alex Oliveira, da Rádio Correio da Serra, da cidade de Solânea.
Quando eu fui analisar os autos anexados por Douglas eu constatei a fraude eleitoral e o abuso do poder político e econômico. Na própria documentação que ele juntou aos autos, que consistia em copias de leis e os empenhos de doações realizadas por ele, de janeiro a 30 de setembro de 2016. Então no meu entendimento houve fraude eleitoral e abuso de poder nos termo da lei 64/90 e meu entendimento foi acatado pelo juiz. Ou seja, a ação prosperou mediante a analise da documentação anexada por Douglas, disse a promotora de Justiça da cidade de Bananeiras.
De acordo com a promotora, houve desvio de finalidade no uso de recursos públicos, que eram gastos acima do que era estabelecido pela lei. Ana Maria Pordeus disse ainda que as doações eram feitas em espécie e serviam para o pagamento dos mais diversos tipos de despesas, como por exemplo, ajudar a time de futebol, blocos carnavalescos e até financiar a ida de romeiros a cidade do Juazeiro do Norte, no estado do Ceará.
A promotora também rebateu as acusações de que teria havido quebra de sigilo no processo, e garantiu que tudo foi feito dentro da lisura e legalidade. Não houve quebra de sigilo, se existiu se deu por conta das partes. Eu mesma só tomei conhecimento da publicação da sentença pela imprensa, que me ligou querendo uma entrevista minha, comentou.