Faltando um mês para o encerramento da última etapa do cadastramento de eleitores com coleta de dados biométricos, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargadora Maria das Graças Morais Guedes, afirmou que o maior obstáculo para a conclusão do processo é a falta de motivação do eleitor, em virtude do descrédito com a classe política. Ela propõe que o cidadão se conscientize de que somente com a participação política crítica e ativa poderá mudar o difícil quadro pelo qual o País vem passando.
– Por isso é muito importante que todos compareçam ao recadastramento biométrico, a fim de garantir o direito ao voto e outros direitos, como o de inscrever-se ou tomar posse em concurso público, receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos, obter empréstimos, passaporte, carteira de identidade, além de outras prerrogativas – frisou a desembargadora, acrescentando que no último dia 31 de outubro o Conselho de Governança do TRE-PB aprovou todos os projetos voltados à realização das eleições de 2018, envolvendo geração de mídias, carga das urnas, treinamento de mesários, transporte e recolhimento das urnas/mídias, estrutura física e logística das zonas e locais de votação, fechamento do cadastro, registro de candidatura, propaganda eleitoral, prestação de contas, entre outros.
Lembrou a dirigente do TRE que a realização de um pleito é uma operação de grande porte, que envolve milhares de pessoas, locais de votação e público-alvo de quase três milhões de eleitores. “O planejamento prévio e a preparação esmerada garantem o sucesso do pleito. Estamos nos preparando para realizar uma eleição segura e célere, atributos que são a marca da Justiça Eleitoral, com 100% de identificação biométrica do eleitorado”, enfatizou Maria das Graças em entrevista ao “Correio da Paraíba”. Nas próximas eleições, há previsão da volta do voto impresso em parte das urnas eletrônicas que serão utilizadas, mas o Tribunal Superior Eleitoral ainda não definiu o quantitativo e como se dará a distribuição das urnas em todo o país. “Todavia, nossos técnicos já realizaram testes de campo e estão preparados para implantar o novo dispositivo na Paraíba”.
De acordo com a desembargadora, todos os esforços estão sendo empreendidos de modo a assegurar o cumprimento das metas do Conselho Nacional de Justiça, principalmente quanto aos ingressos que deram entrada antes de 2016. Os recursos em processos que versam sobre impugnação de mandatos têm prioridade de tramitação e serão pautados pelo Tribunal tão logo sejam analisados pela Procuradoria Regional Eleitoral e pelo juiz membro relator do processo, de forma a garantir a segurança dos julgamentos da Corte. A respeito do rezoneamento eleitoral, Maria das Graças comentou que foi uma determinação do TSE com o objetivo de reduzir custos e otimizar a estrutura da Justiça Eleitoral.
Da Redação, com Correio da Paraíba