A Justiça da Paraíba voltou a censurar as postagens da ex-primeira dama do Estado, a jornalista Pâmela Bório. Ela está proibida de fazer postagens nas redes sociais sobre o processo que envolve a guarda do filho, fruto do seu relacionamento com o governador Ricardo Coutinho.
A ação foi promovida pelo próprio governador. Ele alega que após o divórcio, Pâmela passou a publicar, através de rede social, mais especificamente, o Instagram, textos inverídicos e difamatórios, que atacam e denigrem a sua honra e imagem. Acrescenta que ela abriu uma segunda conta, após remover espontaneamente seu perfil, possuindo mais de 7.663 seguidores, e que tais ataques pessoais se acentuaram após ter sido prolatada decisão judicial na ação reivindicatória de guarda movida por ele, fixando a casa paterna como residência principal do filho que teve com Pâmela.
O pedido de Ricardo foi para que “seja determinada a remoção dos conteúdos ilegais de caráter ofensivo, divulgados no perfil @pamela.borio, localizado sob a URL khttps://www.instagram.com/pamela.borio, a fim de que cessem as reiteradas publicações abusivas, ilegais e afrontosas ao Segredo de Justiça, referente aos processos nºs 0808489-88.2015.8.15.2001 e 0815634-98.2015.8.15.2001, que tramitam perante a 3ª Vara da Família, divulgado na rede social pela usuária Instagram@pamela.borio, localizado sob a URL https://www.instagram.com/pamela.borio”.
O pedido foi acatado pelo juiz da 1ª Vara Civel. “Não estamos aqui a desconhecer o direito da promovida em relatar diariamente seus sentimentos e opiniões sobre as circunstâncias da sua vida privada; entretanto, torná-los públicos, quando há subjacente interesse de menor, que deve ser resguardado pelo segredo de justiça, não se pode considerar plausível divulgação dessa natureza.”, escreveu o magistrado.
Pâmela já foi alvo de censura em uma outra ação movida pelo governador, envolvendo o caso Jampa Digital. A decisão, no entanto, foi derrubada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso.