O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), pré-candidato a governador da Paraíba em 2018, continua confiante no apoio de forças políticas de oposição à sua pretensão e descartou, ontem, as insinuações sobre uma suposta pacificação política agregando adversários na campanha majoritária do próximo ano.”Não acredito que num passo de mágica vão se juntar gregos e troianos para retirar do povo o direito de escolha e a liberdade de poder pensar um projeto para a Paraíba”, vaticinou o alcaide.
Luciano Cartaxo mantém agenda alternada de compromissos administrativos em João Pessoa com contatos políticos em cidades do interior do Estado. A sua assessoria revela que os contatos no interior são importantes para a troca de experiências administrativas e para a coleta de subsídios que poderão nortear o programa de governo a ser apresentado ao eleitorado paraibano nos palanques e no Guia Eleitoral. A temática de Luciano Cartaxo é a de contraditar dados da administração Ricardo Coutinho sobre supostos avanços alcançados no setor público nos últimos cinco anos em que RC, do PSB, está à frente do Executivo.
O prefeito de João Pessoa anunciou que continuará insistindo na formação da frente de oposição para o confronto eleitoral do próximo ano, advertindo que o eleitor merece respeito e, portanto, deve dispor de alternativas para se posicionar quanto à escolha dos futuros representantes. Cartaxo tenta sensibilizar o senador José Maranhão, do PMDB, a apoiá-lo, bem como persuadir o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSDB, ligado ao senador Cássio Cunha Lima, a ceder na postulação de candidatura para favorecer a unidade das oposições. Ele reconhece que os entendimentos precisam ser aprofundados, até com vistas à superação de divergências, mas enfatiza que tal cenário é factível diante da sua crença na maturidade dos que se dizem representantes legítimos da vontade popular.
Luciano Cartaxo avalia que o ciclo de predominância do PSB no quadro de poder estadual está exaurido e não tem mais inovações a oferecer com vistas ao bem-estar e desenvolvimento da população paraibana. Para ele, é fundamental que haja uma oxigenação de ideias ou propostas e, ao mesmo tempo, mecanismos de absorção da participação popular na tomada de decisões a respeito de demandas relevantes para a comunidade. Cartaxo considera que o governo do socialista Ricardo Coutinho acomodou-se no oferecimento de serviços de qualidade, e diz que como resultado a sociedade paraibana tem pago um preço elevado em questões primordiais, a exemplo da falta de segurança para os habitantes, bem como a precariedade de equipamentos e serviços em áreas essenciais como a Saúde.
– O diagnóstico verdadeiro e não maquiado da situação da Paraíba será exposto com riqueza de detalhes na campanha eleitoral para conhecimento, sobretudo, dos que ainda estão desinformados ou porventura mantenham-se iludidos com falsas promessas formuladas pela repetitiva administração que se mantém à frente do Estado – finalizou Luciano Cartaxo, alertando que os partidos identificados com o sentimento oposicionista estão acautelados em face de manobras divisionistas patrocinadas pelo Palácio da Redenção e não se deixarão envolver por elas.
Nonato Guedes