A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa da Paraíba deverá retomar hoje a discussão sobre o projeto de lei encaminhado pelo governador Ricardo Coutinho versando sobre vagas para promoções no âmbito da Polícia Civil, plantões extraordinários e acumulações. Ontem, quando das discussões na CCJ, a deputada Camila Toscano, do PSDB, pediu vistas para se inteirar melhor do teor e também para atender a uma solicitação dos policiais.
– Eles (os policiais) querem uma discussão mais ampla da matéria ou até tentar dialogar com o governo do Estado, o que considero impraticável, tendo em vista que o governador não senta para conversar com ninguém e opera na base de imposição – reagiu Camila Toscano. O líder da bancada oposicionista, Bruno Cunha Lima, disse que pretende apresentar emendas que possam garantir benefícios à parcela excluída da proposta. Os policiais reclamam que 87% da categoria não estão sendo beneficiados pela proposta e revelou que de sua parte o interesse é o de possibilitar a progressão de carreira dos que fazem parte da corporação da Polícia Civil.
O líder da bancada governista, Hervázio Bezerra, rebateu os opositores e alertou que os parlamentares não têm prerrogativa para alterar a matéria. “Qualquer mudança no projeto deve ser encaminhada pelo governador do Estado. Toda e qualquer emenda nesse sentido poderá inviabilizar completamente o projeto. O nosso papel é o de intermediar uma solução positiva junto ao próprio governador Ricardo Coutinho, que sempre demonstrou sensibilidade para com as reivindicações, ao contrário do que apregoam adversários”, preveniu. Hervázio Bezerra explicou que a proposta garante aos delegados a criação de mais espaço e define a quantidade de vagas no Estado com a perspectiva de concurso, além da regulamentação de algumas gratificações. “Já os policiais civis estão pleiteando que sejam apresentadas emendas que os beneficiem. Porém, toda e qualquer emenda nesse sentido poderá inviabilizar totalmente o projeto”, arrematou Hervázio.
Nonato Guedes