Na última sessão do Pleno do Tribunal de Justiça, dia 29, o desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos fez um registro pessoal acerca do pronunciamento do deputado Efraim Morais, acusando o desembargador José Ricardo Porto de tráfico de influência no caso da cassação do prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena.
Ele disse que são ilações injustas, indevidas e descabidas, já que o juiz de Bananeiras nega qualquer interferência do desembargador José Ricardo Porto. “O desembargador Ricardo Porto é um homem honrado, não é da sua estirpe pressionar juiz em qualquer situação”, afirmou Márcio Murilo.
Abaixo o seu discurso durante a sessão do pleno:
Senhor presidente, queria fazer um registro pessoal. Ontem, a mídia divulgou uma situação, na minha opinião, inconveniente e injusta com o colega José Ricardo Porto. Um deputado federal o acusou de fazer pressão indevida a um juiz eleitoral para que ele derivasse de sua sentença para cassar o mandato do prefeito de Bananeiras. Isso é muito incômodo; primeiro, porque conheço o juiz, um dos melhores magistrados desse Estado, em termos de produtividade e honestidade, e conheço o desembargador Ricardo Porto. A situação é incômoda e pode acontecer com qualquer um de nós.
E acrescentou: Digo isso, porque já senti na pele, em tempo remoto, acusações injustas. E, para mim, valeu mais o apoio dos amigos do que, mais tarde, a vitória institucional e até o dano moral que recebi pela acusação indevida que sofri à época. Por isso, eu queria deixar claro o meu repúdio. Tive uma conversa recente com o juiz e ele me disse que, em conversa com o prefeito, por WhatsApp, em nenhum momento citou o nome do desembargador Ricardo Porto. Essa notícia repercute mal em toda a magistratura. O juiz fez o que um magistrado de vanguarda o faz. E o desembargador Ricardo Porto é um homem honrado, não é da sua estirpe pressionar juiz em qualquer situação. São ilações injustas, indevidas e descabidas.