A deputada estadual Estelizabel Bezerra, do PSB, foi alvo de manifestações de revolta e indignação por parte de integrantes da Polícia da Paraíba por declarações infelizes que proferiu em meio a discussões sobre a Segurança Pública. Estela comentou que a população se sente amedrontada com a presença e a postura da Polícia. Foi rebatida pelo deputado Janduhy Carneiro, do Podemos, que enfatizou: “Quem tem que ter medo da Polícia é quem está transgredindo as leis do país, que são os meliantes. O número desses tem aumentado, enquanto o número de policiais tem diminuído”, alertou Carneiro.
O líder do governo, Hervázio Bezerra, tentou colocar panos mornos na controvérsia, admitindo que a declaração de Estelizabel não constituiu um posicionamento simpático mas atribuiu tudo a um mal-entendido e ao excessivo ritmo de trabalho no âmbito do Legislativo nesta fase de final de ano.”Pessoalmente, quero crer que esses conceitos da deputada não reflitam exatamente o que ela tentou expressar”, adiantou Hervázio. Após o esforço concentrado realizado no início da semana para limpar a pauta de votação de matérias, poucos parlamentares compareceram à sessão de ontem na Casa.
Durante o início do chamado recesso branco, o polêmico projeto de lei encaminhado pelo governador Ricardo Coutinho, que trata de promoção para a Polícia Civil, aprovado pelos deputados, voltou a ser objeto de divergências. Por outro lado, o Tribunal de Contas do Estado aprovou, ontem, por unanimidade, o balancete da Assembleia referente ao exercício de 2012, quando o Poder foi presidido pelo deputado Ricardo Marcelo, do PMDB. O relator do processo foi o conselheiro Marcos Costa, acompanhado em seu voto pelos demais companheiros que participaram do julgamento. Ele ressaltou o cumprimento de todos os índices constitucionais e a Lei de Responsabilidade Fiscal, oque influenciou na “aprovação com louvor” da prestação de contas.
O ex-presidente Ricardo Marcelo comemorou o resultado do julgamento, ressaltando ser compromisso do gestor aplicar corretamente os recursos públicos e seguir o que estabelece a legislação em vigor. Textualmente, enfatizou Ricardo Marcelo: “É obrigação do gestor ter suas contas aprovadas, mas é muito bom ter o atestado de uma Corte de Contas de que fizemos um trabalho sério, que primou pelo respeito ao dinheiro público e pela legalidade dos seus atos. Lutamos por um poder independente e fizemos do Parlamento a Casa do Povo”, acentuou Ricardo Marcelo, lembrando ainda que sua gestão promoveu campanhas educativas e deu voz a segmentos excluídos da sociedade, além de pautar-se obstinadamente pela transparência dos atos à frente do colegiado.
Nonato Guedes