O presidente Michel Temer (PMDB) blefou o tempo todo nas últimas semanas mas acabou admitindo a dificuldade de obter votos até a próxima semana para a votação da reforma da Previdência Social, que deverá ficar para o mês de fevereiro. De acordo com a Folhapress, o último balanço feito pelo Palácio do Planalto apontou um placar estacionado em torno de 270 votos, abaixo dos 308 necessários. A ideia do governo era tentar votar o texto entre os dias 18 e 20, antes do início do recesso parlamentar. Para tanto, queria iniciar na quinta-feira o debate em plenário como forma de estimular líderes partidários a saírem publicamente em defesa da proposta e, ao mesmo tempo, sentir a temperatura do quadro de votos.
Todavia, diante do risco de não conseguir levar a estratégia adiante, o Planalto passou a formular o discurso de que a votação poderá ficar para fevereiro. O deputado Carlos Marun, do PMDB-MS, que assume quinta-feira o ministério da Articulação Política (Secretaria de Governo), com a missão de angariar mais apoios à reforma, afirma: “Sem dúvida alguma, senão conseguirmos votar na semana que vem vou sentir que perdemos uma batalha mas não a guerra”. Mesmo com a expectativa pessimista, o presidente fará mais um esforço. Isso porque o governo avalia que as chances de derrota numa apreciação em 2018 crescem em razão do ano eleitoral.
Ontem, o presidente Michel Temer ordenou que as pastas da Saúde, Cidades, Integração Nacional, agilizem até a próxima semana a liberação de emendas parlamentares. De conformidade com levantamento da Folhapress, o montante é de pelo menos R$ 500 milhões. Amanhã, Temer receberá prefeitos para oficializar o repasse de 2 bilhões para quitar parte da folha de pagamento.
Nonato Guedes, com agências