Fontes do Palácio da Redenção confirmaram que no final de março o secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos, João Azevedo, deixará o cargo para se envolver na campanha eleitoral ao governo em 2018 pelo PSB. Em entrevista, ontem, a uma emissora de rádio, Azevedo, que é candidato “in pectoris” do governador Ricardo Coutinho, frisou que está à disposição do Partido Socialista para concorrer. Ele teceu críticas ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), pré-candidato à sucessão de Ricardo Coutinho na faixa de oposição, dizendo que o alcaide pouco fez em termos de obras de impacto na Capital. “Ele tem um discurso de pré-candidato genérico e, sinceramente, eu não seria o que seria de João Pessoa sem as ações e intervenções do governo Ricardo Coutinho”, alfinetou.
Para João Azevedo, o que há é uma profusão de obras inacabadas que foram iniciadas pela gestão de Luciano Cartaxo. Citou como inconclusas as mudanças no Parque Solon de Lucena e a construção do viaduto da Avenida José Américo de Almeida (Beira Rio). Exortou os paraibanos a compararem o que é o Estado antes e como ele era antes da passagem de Ricardo Coutinho pela administração. Ele acrescentou que a Paraíba foi o único Estado a reduzir a quantidade de assassinatos, ao contrário do que proclamam os adversários e aproveitou para criticar a Política Nacional de Segurança e atacar frontalmente o governo do presidente Michel Temer, do PMDB.
Comentando o discurso do prefeito Luciano Cartaxo de que o projeto do governo Ricardo Coutinho, Azevedo ironizou: “Como pode estar esgotado um projeto que conta com aprovação de 76% a 80%?”. Lembrou que o governo estadual assumiu realizações que deveriam ter sido encampadas pela prefeitura de João Pessoa, a exemplo do Viaduto Eduardo Campos, entre os bairros do Cristo e Geisel, duplicação da Avenida Cruz das Armas, construção do Trevo das Mangabeiras e da Avenida Perimetral Sul. Destacou a construção do Centro de Convenções, lembrando que o ex-governador Cássio Cunha Lima fez licitação que foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União, destravada pelo ex-governador José Maranhão, que iniciou a obra mas a deixou paralisada por falta de recursos. “Se não fossem as obras realizadas pelo governador Ricardo Coutinho em João Pessoa e Campina Grande, a mobilidade urbana nas duas cidades estaria muito pior”, arrematou.
Nonato Guedes