O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) voltou a tecer críticas, ontem, ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba por não ter julgado a ação do MPE que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho (PSB) por uso da máquina administrativa na campanha eleitoral de 2013. Salientou que decorridos mais de três anos do ingresso da ação pedindo a cassação do governador não houve nenhum avanço para o desfecho, o que fortalece a crença na impunidade e estimula novos abusos.
– Ora, se não há julgamento, é inevitável que se cogite impunidade ou conivência da Justiça Eleitoral. Na prática, o que estamos vendo é o governador usar a máquina pública de todas as maneiras, para alavancar a candidatura oficial – adiantou. De acordo com Cássio, a ofensiva antecipada do governador em prol da candidatura do secretário João Azevedo, de Infraestrutura e Recursos Hídricos, ao governo do Estado, é escancarada, não tem nada de subliminar. Frisou, ainda, que a utilização da máquina pública gera desigualdade na disputa porque não são todos os candidatos que têm uma máquina pública para promover seus nomes.
Cássio, ainda: “Estamos vendo a máquina pública sendo usada mais uma vez, nas barbas do TRE e do MPE, sem que nenhuma providência seja tomada. Circulou pela internet o vídeo em que o governador aparece pedindo votos para o seu candidato numa solenidade de cheques do Empreender”. Por outro lado, em entrevista a uma emissora de rádio de João Pessoa, o parlamentar tucano reafirmou que pretende disputar a reeleição ao Senado, afastando a ideia de que pode vir a ser candidato ao governo. Enfatizou que apoia incondicionalmente a candidatura do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do seu partido, ao Palácio da Redenção. A definição somente será concretizada, todavia, com uma manifestação expressa de Romero sobre o desejo de encarar o desafio. Quanto a ele, Cássio garantiu que não tem mais nenhuma obsessão por cargos e que seu propósito é o de colaborar para o desenvolvimento da Paraíba e o equacionamento de problemas.
Nonato Guedes