O presidente do diretório regional do PSDB, Ruy Carneiro, em mensagem postada em redes sociais, reconheceu as dificuldades experimentadas no país durante este ano mas prognosticou sua confiança em que 2018 será promissor para a sociedade e para o funcionamento das instituições democráticas. Em depoimento mais amplo que fez, analisando a conjuntura do ano que se encerra, o ex-deputado federal ponderou que os obstáculos atingiram diversos partidos, indistintamente, em meio a investigações de escândalos ou denúncias formuladas contra líderes expressivos do cenário nacional.
Carneiro alertou para o fato de que o país vivencia um período de transição, refletido na reacomodação institucional decorrente do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com a consequente ascensão do ex-vice-presidente Michel Temer, do PMDB. Para o dirigente estadual tucano, o governo de Temer, nos primeiros meses, que foram cruciais, inclusive do ponto de vista da legitimidade e do respaldo popular, contou com o apoio de agremiações como o PSDB num esforço para recolocar o país nos trilhos. Na sequência, de acordo com Ruy, ocorreram divergências que motivaram restrições a aspectos pontuais considerados criticáveis das medidas tomadas pela gestão de Temer .Mas, segundo ele, tais manifestações discordantes não se fizeram no sentido de pôr em risco a estabilidade administrativa ou a continuidade das mudanças.
O dirigente estadual do PSDB salientou que há uma grande expectativa com relação ao posicionamento dos partidos, inclusive dos tucanos, em relação à definição de candidaturas e alianças para as eleições a presidente da República e a governos estaduais no próximo ano. O cenário é de discussões, de análises sobre os fatos que aconteceram na dinâmica política recente e as perspectivas de acontecimentos futuros, observou. Ele considera que é legítima a pretensão de partidos de cogitar lançamento de candidaturas próprias ao Planalto ou a gestões estaduais. Isto não implica, no seu ponto de vista, em descarte de composições ou até de apoio a nomes mais fortes oriundos de outras legendas. O que vejo é que tudo isso vai demandar um debate tanto quanto possível transparente entre lideranças políticas afins, comenta Ruy Carneiro.
Nonato Guedes