Até o final desta semana a Câmara Municipal de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa, poderá decidir o destino do prefeito afastado Berg Lima. A Comissão Processante instalada na Casa para avaliar o impeachment de Berg, que chegou a ficar preso em João Pessoa, pretende concluir os trabalhos neste final de ano e convocar para quinta-feira ou sexta-feira a sessão deliberativa sore a cassação ou não do mandato do gestor.
Berg Lima continua se dizendo vítima de armação, apesar de ter sido flagrado em gravação de vídeo recebendo propina, em espécie, de um fornecedor contratado pela prefeitura de Bayeux. Seus advogados reafirmam que Berg aposta fichas na fragilidade da denúncia formulada contra ele e improcedência da acusação. O argumento sustentado é o de que o dinheiro que ele recebeu do empresário José Paulino, autor da denúncia junto ao Ministério Público da Paraíba, foi para pagamento de empréstimo pessoal e não de propina. Berg foi eleito sob a sigla do Podemos prometendo renovação dos costumes políticos na cidade, mas tem, hoje, o repúdio de parcelas expressivas que o consideram vinculado a práticas de corrupção.
O vereador Jefferson Kita, do PSB, presidente da Comissão Processante que investiga o pedido de cassação do prefeito Berg Lima, afirmou que a sessão de julgamento para definir sobre a permanência ou não do gestor está na pauta, devendo o relatório com o parecer final ser entregue ainda hoje, o que facilitará a agilização dos trabalhos. Já que não foi possível votarmos o processo antes do Natal, vamos concentrar todos os esforços para que a sessão de julgamento aconteça ainda este ano, antes do fim do prazo estabelecido para o encerramento, comentou. O advogado Raoni Vita, que está à frente da defesa de Berg, objetivou em 20 páginas a inconsistência de alegações imputadas contra seu constituinte.O gestor afastado foi, comprovadamente, vítima de uma armação, salientou. Ressalta que o próprio empresário José Paulino, co-autor da denúncia, expressou em depoimento que não possui qualquer prova da suposta negociação ou exigência.
Nonato Guedes