A deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, insiste em cobrar uma definição antecipada sobre quem será o cabeça de chapa que poderá unificar as oposições nas eleições de 2018 ao governo do Estado, contra o esquema do governador Ricardo Coutinho. Nomes não faltam, ressaltou a deputada, evitando, entretanto, mencionar especificamente um provável pré-candidato. A deputada justifica que a antecipação da definição impõe-se, igualmente, pelo fato de que em 2018 haverá uma eleição mais curta.
Em paralelo, Daniella entende que a revelação do candidato ungido pelas oposições bloqueará o que ela chama de estratégia divisionista do governo, que viria estimulando desavenças entre representantes de diferentes partidos e esquemas. Ela considerou condenável a postura do esquema situacionista de espalhar que a oposição está minada por brigas. Fica evidenciado que se trata de uma estratégia para fixar a desconfiança entre os líderes oposicionistas, partindo do pressuposto de que o bloco liderado pelo governador não tem perspectivas de vitória numa eleição que tende a ser plebiscitária. Para a oposição, o mais interessante seria agir com pragmatismo e com firmeza para desestabilizar a orquestração governista, expressou a irmã do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, líder do governo do presidente Michel Temer na Câmara.
Daniella comentou, também, aspectos relacionados à sua atuação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. Confessou ter ficado indignada quando participou de sessões da CCJ diante dos vetos que foram apresentados pela assessoria jurídica de alguns deputados da situação. Frisou que, pela praxe, o projeto passa por apreciação da Comissão de Constituição e Justiça, a quem cabe aprovar textos e remetê-los ao Executivo, cuja incumbência é a de sancionar ou vetar. Quando ocorre o veto, a matéria retorna à mesma Comissão e nela, aqueles mesmos deputados que disseram que era constitucional, modificam o voto e passam a considerar a propositura inconstitucional. Na opinião dela, é um posicionamento incoerente que desgasta ainda mais os políticos, já na berlinda em virtude de escândalos nacionais.
Nonato Guedes