A Comissão Processante da Câmara Municipal de Bayeux, encarregada de analisar o pedido de cassação do prefeito Berg Lima, engoliu o argumento da defesa de que o dinheiro que ele recebeu foi fruto de um empréstimo. Já a versão do Ministério Público é outra: Berg teria recebido propina das mãos do empresário João Paulino, que mantinha negócios com a prefeitura.
A relatora do caso, a vereadora Francineide Barbosa de Souza, escreveu em seu relatório que o empresário João Paulino “pediu, solicitou, requereu, pugnou, rogou ao chefe do setor de compras da Prefeitura, Washington, um empréstimo, mediante a troca de cheque”.
Só que nos depoimentos que prestou o empresário João Paulino negou que tenha pedido empréstimo. A relatora disse que ele mentiu perante a Comissão.
“O depoimento isolado de João Paulino que, como demonstrado, faltou com a verdade a esta Comissão Processante, não deve ser considerado, notadamente pelo fato de haver prova em sentido contrário produzida pela defesa que revela, no mínimo, dúvidas”, escreveu ela.