O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), descartou a hipótese de renunciar ao cargo para ser candidato a vice-governador numa chapa eventualmente encabeçada pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD). Nem Luciano renunciaria à prefeitura de João Pessoa para ser vice meu nem, evidentemente, eu renunciaria para ser vice dele, enfatizou Rodrigues, em entrevista a uma emissora de rádio da Capital. Ele também rechaçou as pressões, até domésticas, para agilizar uma definição sobre sua candidatura, salientando: Não tem quem me pressione ao ponto de tomar uma decisão pela vontade de quem quer que seja.
-Se tenho prazo até o dia sete de abril, por que antecipar a decisão? Quem conhece o meu perfil não tem razão milimétrica para duvidar do meu caráter. Por isso não vou me submeter a nenhum tipo de pressão. Se todos quiserem ir ao TSE mudar o calendário eleitoral, eu estou junto acentuou Romero Rodrigues, admitindo votar no senador José Maranhão, pré-candidato pelo MDB. Temos que admitir votar e ser votado, justificou. Revelou, ainda, que tem compromisso irrecusável com o projeto de reeleição do senador Cássio Cunha Lima e frisou que não pretende transferir para o aliado a responsabilidade de uma decisão sobre uma virtual candidatura sua ao governo.
Rodrigues alertou que, a despeito de opiniões contrárias, ele tem uma gestão muito bem avaliada à frente da prefeitura de Campina Grande. Reeleito em 2016 no primeiro turno, o alcaide informou dispor de números de diferentes regiões do Estado que nem sempre correspondem ao que é publicizado na mídia. Há uma parcela da população da Paraíba que vê minha pessoa como um bom governante para a Paraíba. Por isso, sou candidato a governador e se o partido discordar, posso não ser candidato e tomar a posição que me convier. Para ele, três fatores deverão ser levados em consideração para a escolha do candidato das oposições: confiabilidade com a classe política, modelo de gestão e pesquisa. Romero assegurou que não vai se definir em janeiro mas ressaltou que pretende aprofundar conversas com o senador José Maranhão e o prefeito Luciano Cartaxo para que possamos encontrar uma alternativa que consolide a união das oposições.
Nonato Guedes