O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, abriu 2018 com um discurso político-social, exortando o eleitor a fazer uma faxina na política, corrigindo os erros cometidos na escolha de maus representantes na história recente do País. A conclamação se deu durante a celebração da primeira missa do ano na Catedral de Nossa Senhora das Neves. O religioso destacou a violência como um dos efeitos da ação dos maus políticos, responsáveis por violar os direitos fundamentais dos brasileiros.
Antes da celebração, Dom Delson conversou informalmente com jornalistas e ao insistir na tese da limpeza ética por parte do eleitor, frisou: O ano eleitoral é sempre um ano de esperança. Mas as pessoas precisam assumir um compromisso coma ética, rever a forma de escolher os políticos e fazer as escolhas certas. Precisamos aprender com os erros cometidos no passado e não repeti-los este ano. É hora de mudar a história e livrar o Brasil de tanta coisa ruim que temos visto ultimamente. Na homilia, o arcebispo iniciou o sermão falando sobre a violência. De acordo com ele, tem muita gente por aí que está com seus direitos negados e violados. Muitos ficam sem opção de vida e partem para a violência. Se queremos paz, a paz começa com respeito aos direitos individuais, com justiça social.
Por sua vez, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, André Carlo Torres, disse a jornalistas que haverá este ano um maior rigor no acompanhamento das prestações de contas dos gestores, com ações de monitoramento das gestões para fortalecer o controle social e assegurar a correta aplicação dos recursos públicos. Nada vai escapar nesse acompanhamento e os primeiros penalizados com os bloqueios de contas e multas pessoais por deixarem de apresentar os balancetes do mês de novembro de 2017 serão os responsáveis pelas prefeituras de Brejo do Cruz, Cuitegi e Nova Floresta, além da Câmara Municipal de Caldas Brandão.
O prazo para a entrega dos balancetes venceu-se no domingo, segundo o jornal Correio da Paraíba. Até o final da tarde de ontem, 220 prefeituras, 222 Câmaras de vereadores e o governo do Estado haviam cumprido suas obrigações conforme a resolução do Tribunal de Contas que determina o envio dos balancetes, exclusivamente por meio eletrônico, até o último dia do mês subsequente ao de referência. André Carlo é otimista quando avalia que a grande maioria dos gestores cumpriu com suas obrigações no que diz respeito ao encaminhamento dos balancetes mensais dentro do prazo, numa demonstração de que há engajamento maior com a transparência das ações públicas.
Nonato Guedes