Um dia depois do senador Eunício Oliveira (CE), presidente do Senado e tesoureiro da Executiva Nacional do MDB, garantir apoio logístico-financeiro à candidatura do senador José Maranhão ao governo da Paraíba, justificando que ela é prioritária para o PMDB nacional, o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, advertiu que a postulação de JM poderá levar os emedebistas ao isolamento e ao suicídio político. Daí porque mantém o compromisso de defender a aliança do MDB com o PSD em torno da candidatura do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo. Júnior apelou para o bom senso e a maturidade de Maranhão, o que ficaria refletido, segundo ele, na desistência em impor sua candidatura própria.
As declarações do vice foram feitas em entrevista a uma emissora de rádio. Júnior minimizou as declarações do senador Eunício Oliveira de que a candidatura de Maranhão ao governo é prioridade do MDB no Nordeste e que o dinheiro para a campanha está assegurado. Só o dinheiro do Fundo Partidário não ganha campanha. O que faz um candidato ganhar uma campanha é o voto do eleitor, disparou o ex-deputado federal. A unidade dos que fazem oposição ao governador Ricardo Coutinho, conforme Júnior, deve prevalecer na conjuntura. E o símbolo do processo seria o prefeito Luciano Cartaxo, que está melhor posicionado nas pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas no decorrer do ano de 2017.
Indagado se pretende abandonar o MDB, seguindo postura que deve ser tomada pelos deputados federais Veneziano Vital do Rêgo, André Amaral e Hugo Motta, Manoel Júnior enfatizou: Não tenho interesse, motivo ou intenção de deixar o MDB, a não ser que eu seja expulso. Mas sou homem de compromisso: se a candidatura de Luciano Cartaxo for a melhor situada, eu voto nele. As pesquisas remanescentes do ano passado, de acordo com o vice-prefeito, apontam, pela ordem, as candidaturas de Luciano, Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Romero Rodrigues como bem cotadas nas intenções de voto. Enquanto isso, o presidente regional do PSDB, ex-deputado Ruy Carneiro, alertou que as oposições precisam apresentar urgentemente ao povo da Paraíba um projeto de governo viável e executável. Não adianta apenas discutir nomes. A população clama por medidas que promovam a melhoria da sua qualidade de vida, frisou. Sugere Ruy que sejam aproveitadas experiências exitosas que já foram praticadas pelos oposicionistas que estão envolvidos na campanha para formatar um projeto viável. Tais experiências poderão ser extraídas das gestões de Cássio Cunha Lima (duas vezes governador), de José Maranhão (três vezes governador), de Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues, eleitos duas vezes para as prefeituras da Capital e de Campina Grande e das próprias gestões de Manoel Júnior, prefeito de Pedras de Fogo por três vezes.
Nonato Guedes
e-mail: nonaguedes@uol.com.br