O ex-ministro classista do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Fernando Vilar faleceu na madrugada de hoje no seu apartamento em Manaíra, João Pessoa, aos 69 anos de idade, vítima de infarto. O corpo será velado até à tarde de hoje na Central São João Batista, na Capital, sendo em seguida levado para Taperoá, sua terra natal, onde haverá o sepultamento amanhã. A informação foi repassada, inicialmente, por Dorgival Vilar, parente de Fernando, em um grupo de Watts App de que faz parte. Por telefone, ele lembrou que Fernando pretendia fazer uma grande comemoração no transcurso dos seus 70 anos a 30 de julho próximo.
Filho de Israel Vilar e Eulália Vilar, sua formação inicial foi a de Administrador de Empresas e também formou-se em Direito. Atuou, igualmente, na Delegacia do Trabalho na Paraíba e no TST teve a oportunidade de atuar ao lado de ministros como Almir Pazzianotto, Ney Doyle, Afonso Celso, Cnéa Moreira, Roberto dela Mana, Manoel Mendes, Vantuil Abdalla, José Ajuricaba e Marcelo Pimentel. Conforme biografia assinada por Evandro Nóbrega e publicada numa das edições do Tribunal de Justiça da Paraíba, versando sobre ministros paraibanos em tribunais superiores, Fernando Vilar fez o Exame de Admissão em 1963, ainda em sua terra natal, no ginásio Minervino Cavalcanti. Fez o Curso Técnico de Contabilidade no Colégio Comercial Getúlio Vargas, de João Pessoa, onde também concluiu o Curso de Habilitação para a Faculdade de Administração de Empresas da antiga Universidade Autônoma, depois IPÊ e finalmente UNIPÊ. Igualmente na Universidade Autônoma concluiu seu Curso Superior, o de Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito da Instituição. Antes, em dezembro de 1977, concluira o Curso de Administração de Empresas.
Antes de ser nomeado ministro do TST, Fernando Vilar foi servidor do Banco do Estado da Paraíba, vogal da Segunda Junta de Recursos da Previdência Social em João Pessoa, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba, com mandato entre 1976 e 1979, presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários na Paraíba, assessor para assuntos sindicais junto ao Gabinete do governador da Paraíba entre 1978-1979, Conselheiro, representando a comunidade, junto ao Conselho Curador da UFPB, Ministro classista junto ao TST, de 17 de junho de 1987 até 16 de junho de 1990, sendo reconduzido ao posto em 1990 para novo mandato de mais três anos. Serviu como ministro do TST, assim, pelo período de seis anos. Em diversos artigos, livros, sentenças, acórdãos, na internet e igualmente em vários Estados e municípios brasileiros, inclusive em São Paulo, Rio de Janeiro e até Rondonópolis, no Mato Grosso, estão sempre sendo citados itens de jurisprudência da lavra do ministro Fernando Vilar. Na Paraíba, em inícios de 2012, grupos políticos de Taperoá tentaram convencê-lo a disputar a prefeitura local, mas o projeto não prosperou.
Nonato Guedes com informações de Evandro Nóbrega no livro Edições do TJPB Ministros Paraibanos em Tribunais Superiores.