O movimento de Mulheres da Paraíba, integrado por várias entidades e organizações do campo e da cidade, elaborou uma vasta programação para lembrar o 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, que este ano será marcado na Paraíba e em todo país pelo seu caráter mais politizado. Além das pautas comuns ao movimento, como as denúncias ao feminicídio, às desigualdades e discriminações de gênero, de sexualidade, de raça, classe e religião, o movimento pauta a luta contra o golpe jurídico, midiático e parlamentar, que vem retirando direitos das mulheres e da classe trabalhadora no geral.
Com o tema central Democracia e Direitos Humanos, a Jornada de atividades do Movimento de Mulheres da Paraíba teve início na última semana, em João Pessoa e conta com diversas atividades.
O ponto alto da programação, a Marcha por direitos e democracia: pela vida das mulheres e pelo bem viver acontecerá no próprio dia 8 de março, a partir das 8h, na Praça João Pessoa, tendo como ponto de concentração a FETAG, no Centro da capital.
Além da Marcha por Direitos e Democracia, em João Pessoa, organizada pelo movimento de Mulheres da cidade, haverá a Marcha pela vida das Mulheres e pela Agroecologia, que acontecerá em São Sebastião de Lagoa de Roça, às 8h30, promovida pelo Pólo da Borborema, através de uma articulação de 14 sindicatos de trabalhadores rurais daquela região, em parceria com a AS-PTA- Agricultura Familiar e Agroecológica.
De acordo com uma das representantes do movimento de mulheres, Joana DArc da Silva, o 8 de março segue bastante conectado, na Paraíba, no Brasil e no mundo.
Em 2017, foram cerca de sessenta grandes marchas em diversos países, o que demonstra a organização em torno das pautas relativas às mulheres. No Brasil e no mundo, as mulheres estão nas ruas para dizer que não é feita a sociedade em condições de desigualdade entre homens e mulheres; nem do modo como os meios de comunicação têm tratado as mulheres, humilhando e incitando o ódio, a violência, assassinatos e estupros. São muitos os motivos este ano para ir para a rua e não estamos indo sozinhas, dispersas, estamos indo com essa leitura de que estamos juntas em todos os lugares. Não estamos dizendo só o que não queremos, estamos dizendo o que defendemos também, comentou Joana DArc.