Um levantamento informal feito por repórteres da crônica política da Capital revela que a 24 dias do término da janela que possibilita a troca de legendas, pelo menos quinze deputados estão indefinidos quanto ao seu futuro na Paraíba. Eles quebram cabeça para dar passos que os levem a ingressar em legendas capazes de garantir-lhe condições de vitória nas eleições de outubro. Se há indefinidos, há os decididos. É o caso do emedebista Raniery Paulino, deputado estadual, que já garantiu que não deixa a agremiação em hipótese alguma. Não vê motivações para tanto, é o que justifica.
– O MDB tem história e todos os políticos que hoje integram o cenário eleitoral já passaram por ele ou já votaram no candidato a governador da legenda José Maranhão dá como exemplo. Filho de Roberto Paulino, que foi vice de José Maranhão em 98 e candidatou-se ao governo em 2002, enfrentando no segundo turno Cássio Cunha Lima, que logrou sair vitorioso, Raniery avalia que quem ingressar no MDB terá um caminho mais fácil para chegar à Assembleia ou Câmara Federal do que há quatro anos. E historia: O MDB foi interessante para quem quis se eleger nas eleições passadas. Hoje o quadro é parecido. Falta apenas o senador José Maranhão aprofundar o diálogo interno.
No PSC, o deputado Renato Gadelha afirmou que está sendo examinada a melhor opção para o quadro eleitoral deste ano. Renato defendeu o nome do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Sousa André Gadelha para vice do senador José Maranhão. Ele descartou a possibilidade do seu irmão, o ex-senador Marcondes Gadelha, ser candidato a vice numa chapa de composição. No PDT, o deputado João Gonçalves assevera que não tem motivos para deixar o partido, que dá apoio ao governador Ricardo Coutinho e marchará com a candidatura do secretário João Azevedo ao governo do Estado. Por seu turno, o deputado João Henrique considerou-se o último remanescente do Democratas a deixar a legenda. Quando eu me elegi pelo Democratas, a bancada era de sete deputados. Todos saíram e apenas eu permaneci, observou. João disse ter recebido convites do MDB, PSC, PSDB e PP, mas ainda está avaliando o cenário.
Nonato Guedes