Nonato Guedes está fazendo 60 anos nesta quarta-feira (14).
Ele é um mestre do jornalismo político.
Trabalhamos juntos nos primeiros anos da TV Cabo Branco.
Eu chefiava a redação e editava o jornal da noite.
Ele era, na casa, o principal nome da política.
Apresentação (do Bom Dia PB, depois do Paraíba Meio Dia), entrevistas, comentários, análise de pesquisas eleitorais, mediação de debates, coberturas históricas (a posse de Ronaldo Cunha Lima, nossa primeira transmissão ao vivo).
Tudo isso era com Nonato.
E tudo o que fazia vinha com um selo de qualidade a garantir o conteúdo que colocávamos no ar.
Nonato Guedes é do time dos jornalistas que primam pela informação correta, pela análise equilibrada, pela ética na profissão, pela busca permanente do conhecimento, por um exercício diferenciadíssimo desse nosso ofício tão carente de grandes quadros como ele.
Tê-lo por perto enriquecia o ambiente em que trabalhávamos.
Numa campanha política, então, sua presença era imprescindível.
Estou falando de televisão porque foi onde estivemos juntos.
Mas Nonato brilhou também no rádio e sobretudo no impresso.
O colunismo político feito na Paraíba tem nele um dos seus pontos altos.
O pensamento lúcido traduzido em texto impecável. Vou resumir assim.
É o que ele sempre ofereceu aos seus leitores e permanece oferecendo, agora no jornalismo online.
Jornalismo político não é a minha praia, mas, se tenho algum discernimento nessa editoria, devo muito à convivência e ao que aprendi com Nonato Guedes.
Já disse certa vez e vou repetir: eu chefiava a redação, mas o professor era ele.
Texto do jornalista Sílvio Osias