O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (16) que o lote UZZ-18 –cujas munições teriam sido utilizadas no assassinato de Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, na última quarta-feira (14) no Rio de Janeiro– foi desviado “anos atrás”. Um dos desvios teria ocorrido na sede dos Correios na Paraíba.
Foram encontradas ao lado dos corpos na região central do Rio balas de calibre 9 mm do lote UZZ-18, o mesmo das munições utilizadas no caso conhecido como a maior chacina de São Paulo quando 23 pessoas foram mortas nos dias 8 e 13 de agosto de 2015 nas cidades de Osasco, Barueri, Itapevi e Carapicuíba, na Grande São Paulo.
“A Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. Então, eu acredito que essas cápsulas que foram encontradas lá na cena do crime, desse bárbaro crime, foram efetivamente roubadas”, disse Jugnmann.
“Essa munição foi roubada na sede dos Correios, pela informação que eu tenho, anos atrás, na Paraíba”, afirmou o ministro, que não soube explicar como o lote, comprado pela Polícia Federal de Brasília, passou por desvios no estado nordestino.
“Na Paraíba, veja bem… uma parte veio para cá [Brasília]. E ela foi desviada nos Correios. E uma outra parte foi identificada como tendo sido desviada, se eu não me engano, é bom corrigir, na Superintendência… um escrivão, tá certo, na Superintendência do Rio de Janeiro, que também foi objeto de um inquérito. Então você tem a referência daqui [de Brasília], da Paraíba e do próprio Rio de Janeiro”.
Fonte: UOL