Mesmo de saída do MDB, o deputado federal paraibano Hugo Motta demonstrou que ainda tem prestígio junto à bancada federal do partido na Câmara, de que foi exemplo a sua escolha para presidir Comissão Especial instalada na Casa a fim de tratar da privatização da Eletrobras. O tema é bastante polêmico e, em certa medida, desgastante para o governo, mas Motta pretende recolher subsídios que fundamentem e justifiquem o processo de privatização como indispensável para que a administração federal possa ter recursos em caixa para investimentos em outros setores essenciais.
Hugo Motta antecipou que as subsidiárias regionais de energia, tais como a Chesf, estarão juntas no processo de desestatização, preservando-se apenas Itaipu e Eletronuclear. O nosso trabalho é focado no objetivo de fazer com que o brasileiro tenha um fornecimento de energia mais eficiente e mais barata, explicou o parlamentar paraibano. Os parlamentares paraibanos, independente de legenda, estão tendo destaque na atual legislatura em Brasília, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados. O deputado federal Efraim Filho, do Democratas, confirmou que os parlamentares optaram por se dividir em assuntos distintos com os quais se sentem mais identificados a fim de que tenham um rendimento efetivo durante sua participação nas reuniões e nos debates.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, destaca-se pela sua atuação como líder do governo do presidente Michel Temer (MDB) na Câmara. Teve um papel decisivo nos bastidores para a obtenção de êxito em votações de matérias de interesse do Executivo. Esbarrou, contudo, na reação bastante forte junto aos congressistas para aprovação da reforma da Previdência. De acordo com Aguinaldo, a atitude de muitos parlamentares foi decorrente, em parte, de desinformação acerca do formato verdadeiro do projeto e, em outra parte, pelo receio de impopularidade num ano eleitoral em que vão tentar repetir os mandatos.
Mas ele assegura que um debate isento de influências externas atrai adesões ao projeto de reforma da Previdência.
– De uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde, nós teremos que encarar a reforma por causa do déficit da Previdência que é monumental alertou o deputado.
Nonato Guedes