O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior, praticamente começou a se despedir dos quadros do MDB, tendo confirmado convite do PSC através dos presidentes estadual Marcondes Gadelha e nacional, pastor Everaldo Pereira. Garantiu que outros partidos têm mantido contatos para atrai-lo, ponderando que somente após o dia 7 de abril essa decisão de ingresso será oficializada. Junior continua atirando contra o senador José Maranhão, presidente regional do MDB, frisando que se sentiu praticamente expulso da legenda pelo fato de admitir disputar um cargo majoritário nas próximas eleições. A reação de Maranhão foi a de insinuar que ele procurasse outro partido caso persistisse nessa pretensão.
Junior ficou de mãos atadas diante da expectativa de vir a assumir efetivamente a prefeitura de João Pessoa com uma desincompatibilização do prefeito Luciano Cartaxo (PV) para disputar o governo do Estado. A desistência de Cartaxo atrapalhou seus planos e o vice-prefeito passou a cogitar alternativas, entre as quais a de se candidatar novamente a deputado federal. Do ponto de vista de uma candidatura ao governo, seria complicada dentro do MDB tendo em vista que o senador José Maranhão é intransigente e obstinado na luta para ser o postulante oficial da legenda. Manoel Junior era presidente municipal do MDB em João Pessoa e sentiu-se desprestigiado pelo senador Maranhão, que conforme ele, não teria levado em consideração a sua participação histórica que teve no partido ao longo de 20 anos em suas ações políticas.
Ele foi eleito deputado federal por três mandatos pelo antigo PMDB e em 2002 chegou a ser o deputado estadual mais votado da legenda. Só que, agora, não tenho condições de acompanhar o partido e, por isso, estarei ingressando numa legenda que garanta democracia no espaço político, frisou. O vice-prefeito salientou que ainda há manifestações junto ao prefeito Luciano Cartaxo para que reconsidere o gesto de permanecer no mandato até o último dia e seja candidato ao governo. Os partidos políticos estão fazendo um pedido final para que Luciano repense o seu posicionamento. Se isso não for o caso, os membros da oposição encontrarão um caminho necessário e certo para vencer as eleições no primeiro turno em outubro, finalizou.