O deputado federal Pedro Cunha Lima pôs um ponto final nas especulações sobre sua migração para outro partido e garantiu que permanece no PSDB. No ninho tucano, o nome dele voltou a ser cogitado como alternativa para disputar o governo do Estado, mas sem precipitação. O deputado estadual Bruno Cunha Lima, alegando que não trabalha com hipóteses, ponderou que o nome de Pedro pode vir a ser discutido mas que este não é o momento. O PSDB ainda aguarda explicações e confirmação das desistências dos prefeitos Romero Rodrigues, de Campina Grande, e Luciano Cartaxo, de João Pessoa, em concorrer ao Palácio da Redenção. A projeção é de que entre o dia sete e o dia nove de abril o PSDB anuncie oficialmente a sua posição sobre o quadro sucessório.
Pedro Cunha Lima admitiu ter recebido convites para ingressar no PPS, que em congresso nacional aprovou indicação de apoio à pré-candidatura do governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente da República, mas negou que tenha havido conversas com dirigentes do Avante ou do Novo. Ele foi enfático: Não tenho interesse de trocar de partido simplesmente por trocar ou, o que seria pior, sair de uma legenda e me filiar a outra para ter um partido e chamar de meu. Não é essa a mudança que as pessoas esperam. Filho do senador Cássio Cunha Lima, o jovem deputado federal salienta que tem compromissos com programas e com propostas que mudem o perfil da realidade nacional e da conjuntura paraibana.
De acordo com Pedro, originalmente ele foi convidado a integrar um movimento que iria reestruturar o Partido Popular Socialista (PPS), o que incluiria a mudança do nome da legenda e a sua linha de atuação ideológica. Os convites foram feitos a políticos filiados a várias agremiações, dentro da alegada nova proposta ou filosofia de ação. Contudo, o movimento não prosperou substancialmente. Na Paraíba, o possível ingresso de Pedro no PPS originou reações do jornalista Nonato Bandeira, presidente estadual da sigla e chefe de gabinete do governador Ricardo Coutinho (PSB). Bandeira deixou claro que só será aceita a filiação de quem se comprometer com o projeto de candidatura do secretário João Azevedo, lançado informalmente pelo PSB com o pleno apoio de Ricardo Coutinho.
– Não havendo um movimento nacional que traga uma postura mais radical na ação partidária, não há razões para deixar o partido. Não justifica mudar apenas por mudar. Mais do que um partido ou mudança de sigla, as pessoas estão procurando mudanças de atitudes enfatizou o deputado Pedro Cunha Lima. Que arrematou: Este continua sendo o meu foco ser prático e correto em uma nova mentalidade, com ou sem o acompanhamento do partido em que eu esteja.
Reeleito presidente nacional do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) quer mudar o nome do partido, que nasceu do antigo PCB. Pretende promover uma ampla consulta junto aos militantes para aferir qual será o novo nome. Vamos mudar a denominação para nos adaptarmos a mudanças, já que recebemos novos filiados com perfis ideológicos diversificados, comentou Roberto Freire.
Nonato Guedes