Indústria moderna e novas oportunidades de geração de emprego e renda estiveram no centro da pauta de uma reunião de trabalho entre o senador Cássio Cunha Lima, presidente em exercício do Senado, e um grupo de especialistas para tratar de fontes renováveis e da produção de energia limpa no Brasil, mas particularmente na Paraíba, a exemplo dos parques eólicos.
Sempre trabalhamos muito fortemente em favor dessa agenda de desenvolvimento ambientalmente sustentável. E foi no meu período à frente do Governo da Paraíba que demos o primeiro passo para a produção de energia a partir dos ventos no Estado, com a criação do Parque Eólico em Mataraca, afirmou Cássio, referindo-se ao Parque Eólico Vale dos Ventos, que atualmente produz energia suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, o equivalente a cerca de 5% da demanda total dos paraibanos.
Esta produção eólica, segundo os especialistas, evita a emissão de 17 mil toneladas de gases poluentes e de efeito estufa a cada ano, acrescentou. Presente na reunião de trabalho, a presidente da Comissão de Direito de Minas e Energia da OAB-PB, Priscila Menezes, especialista em Direito das Energias Renováveis, apresentou ao senador paraibano propostas que podem acelerar a implantação desse tipo de energia, fundamental para o meio ambiente, no país, cujo potencial ainda é pouco explorado.
O encontro ocorreu nesta segunda-feira (23) na sede da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, e serviu para avaliar com os dirigentes da instituição ações que tramitam no Congresso Nacional e que podem incrementar a produção de álcool, fortalecendo o plantio de cana e a geração de emprego e renda no Estado.
Geração de empregos – Na oportunidade, foi apresentado ao senador uma proposta de revitalização da lavoura de cana-de-açúcar, que, se fosse implantada na Paraíba, poderia gerar até 50 mil empregos no primeiro ano de execução, segundo Gregório Maranhão, coordenador do projeto Renovar.
Cota Americana – Durante a sua interinidade na presidência do Senado, Cássio reuniu-se com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, e o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool da Paraíba (Sindalcool-PB), Gilvan de Morais Sobrinho, em busca de novos critérios para definição da cota preferencial para os estados das regiões Norte e Nordeste exportarem açúcar aos Estados Unidos.
Estamos confiantes que a chamada cota americana estipulada pelo Governo Federal será revista, fazendo justiça com os produtores nordestinos, que têm sido extremamente prejudicados desde a adoção dessa metodologia de exportação que leva em consideração uma regra fixa e a participação de cada usina produtora de açúcar, no total de produção dos derivados da cana-de-açúcar na safra do ano anterior, ressaltou Cássio.