A Câmara Municipal de João Pessoa recebe, nesta sexta-feira (27), um dos nomes mais importantes da história recente da política brasileira: Eduardo Cardozo. Ele vem a João Pessoa através de um convite feito pela Mesa Diretora da CMJP para se integrar ao ciclo de palestras Diálogos da Democracia, falando sobre O Estado Democrático de Direito e a Crise do Princípio da Separação dos Poderes a partir das 9h30 no Plenário Humberto Lucena da Casa Napoleão Laureano. O palestra é aberta ao público em geral.
Ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, Cardozo fez a defesa da ex-presidente Dilma durante o processo de impeachment, em 2016, e atuou na linha de frente das negociações para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresentasse à Polícia Federal, no início deste mês.
A Câmara de João Pessoa tem a honra de receber, esta semana, um dos mais renomados juristas do país, que foi ministro da Justiça, foi advogado-geral da União, mas também teve uma carreira de destaque na Câmara Municipal de São Paulo e um papel importante junto ao projeto Ficha Limpa, quando foi deputado federal. Então é um profissional com bastante experiência e uma bagagem muito sólida, que chega para fazer uma grande palestra, comentou o presidente da CMJP, vereador Marcos Vinícius (PSDB).
Vereador e secretário de Luiza Erundina
Nascido em São Paulo, há 50 anos (completados no último dia 18 de abril), José Eduardo Martins Cardozo guarda uma pequena relação com a Paraíba: foi secretário Municipal de São Paulo durante o governo da paraibana Luiza Erundina, entre 1989 e 1992.
Depois dessa passagem pelo Executivo, ocupou assento na Câmara Municipal paulista, exercendo mandato de vereador entre 1997 e 2001, onde fez forte oposição ao então prefeito Celso Pitta. A atuação lhe garantiu uma reeleição recorde, obtendo 200 mil votos, a maior dada a um vereador na história do legislativo municipal de São Paulo, e chegou a presidência da Casa.
Cardozo também foi eleito, por duas vezes, deputado federal e se tornou o principal relator do projeto de lei decorrente da mobilização que ficou conhecida como Ficha Limpa.
É professor da PUC-SP e, desde 2016 passou a atuar na advocacia privada, com escritórios em São Paulo e Brasília.