O senador José Maranhão, presidente do diretório regional do MDB, descartou versões de que esteja cogitando desistir da candidatura ao governo do Estado no pleito de outubro. Quem conhece o meu histórico sabe muito bem que não sou homem de desistir. Já estou acostumado aos obstáculos e não será desta feita que agirei por incoerência. Sou candidatíssimo e posso dizer que, ao contrário de boatos espalhados, é uma pretensão forte, respaldada por parcelas significativas da população paraibana, expressou o parlamentar.
Por sua vez, o deputado federal Benjamin Maranhão, sobrinho do senador emedebista, faz coro com o tom ufanista do pré-candidato ao governo, observando que Maranhão agrega credibilidade ao seu discurso, no confronto com outros postulantes, por conhecer profundamente a realidade da Paraíba, mercê das passagens que teve pela administração estadual. De acordo com Benjamin, é muito fácil para Maranhão estabelecer diretrizes e prioridades para uma nova quadra à frente do Executivo paraibano, graças ao conhecimento que ele possui dos gargalos que paralisam a aceleração do processo de desenvolvimento do Estado.
Benjamin destaca outra qualidade que considera valiosa para o senador José Maranhão a sua condição de ficha limpa. Numa conjuntura em que muitos líderes de expressão caíram no conceito da opinião pública ou respondem a processos com acusações graves, o senador coloca-se como uma exceção, o que se deve à austeridade com que conduziu a máquina pública nas três oportunidades em que ascendeu à titularidade. Segundo Benjamin, a virtual exploração por parte de adversários sobre a idade avançada do senador, que conta 84 anos, não surte efeito junto a setores formadores de opinião pública. O eleitorado terá oportunidade, por ocasião dos debates no Guia Eleitoral, de comparar estilos e preparo para o desafio de administrar um Estado como a Paraíba, acrescentou.
O senador José Maranhão ainda mantém sigilo sobre o nome do companheiro de chapa na disputa que será travada em outubro, observando que espera concluir entendimentos com outras agremiações para avaliar a hipótese de concretização de alianças. Ele assumiu o governo do Estado pela primeira vez na gestão de Antônio Mariz, que faleceu em 1995 de câncer. Em 98, na condição de candidato à reeleição, Maranhão alcançou proporcionalmente uma das maiores vitórias eleitorais no país. Em 2009, ele foi convocado pela Justiça Eleitoral para investir-se no Palácio da Redenção em virtude da cassação de Cássio Cunha Lima (PSDB) por parte do Tribunal Superior Eleitoral. O senador disse que não lhe move o propósito de interromper obras que eventualmente estejam em execução no Estado. É evidente que tenho definidas as prioridades a que darei ênfase na volta ao governo do Estado, mas não cometeria a pequenez de paralisar o que está em andamento. Tenho, antes e acima de tudo, espírito público, e isto me credencia a pedir o voto do paraibano, finalizou o parlamentar.
Nonato Guedes