Mesmo antes do início oficial da corrida ao Planalto, aliados do pré-candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro, admitem limitações pelo escassos recursos financeiros.
Por enquanto, Bolsonaro planeja gastar R$ 1 milhão na disputa. Não fala se sairá do próprio bolso. O valor, no entanto, pode mudar a depender de outros fatores como as doações.
Mesmo se o valor disponível aumentar, o candidato começará muito atrás de adversários de legendas mais estruturadas. O PSDB, de Geraldo Alckmin, por exemplo, promete desembolsar R$ 70 milhões para o tucano, limite de gasto permitido para campanha presidencial.
Já o PSL, de Bolsonaro, fala que destinará pouca ou nenhuma verba para o militar gastar no pleito.
Com recursos insipientes, poucas alianças a siglas maiores e uma equipe reduzida de assessoramento, o militar enfrenta obstáculos.
Um dos coordenadores da campanha e filho do capitão, o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) admite que o pai atua como cabeça do próprio pleito, cuidando de assuntos cotidianos, como compromissos da agenda.
Eis outras limitações enfrentadas pelo militar atualmente:
deslocamento: o capitão só usa avião de carreira. Na semana passada, levou 16 horas para ir a Roraima. Fez diversas conexões: Brasília?São Paulo?Manaus?Boa Vista;
propaganda: ainda não tem marqueteiro. Aliados falam em fazer as gravações da propaganda eleitoral por conta própria. Gravamos com o celular o processo para colocar depois na internet, relatou ao Poder360 o deputado Major Olímpio (PSL-SP);
comunicação: com uma equipe de imprensa reduzida, Bolsonaro acredita na vitória usando as mídias sociais;
media training: o deputado não faz treinamento para os debates na TV ou entrevistas, diz sua assessoria. Aconselhado por amigos, tem procurado usar 1 discurso mais afável;
Norte-Nordeste: dos 8 deputados do PSL, nenhum é eleito pelas regiões Norte e Nordeste. O pré-candidato pretende intensificar as visitas a essas localidades em maio e junho.
Fonte: Poder 360