O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PSC), consolida praticamente a sua candidatura ao Senado numa composição provável com o MDB, partido a que ele pertencia. A Executiva estadual do PSC, presidida pelo ex-senador Marcondes Gadelha, deixou definida durante reunião, ontem, a pré-candidatura de Júnior a senador nas eleições de outubro. De acordo com os dirigentes da agremiação, não será uma candidatura avulsa, mas em coligação com o MDB, com quem estão sendo intensificadas conversações.
O MDB tem como pré-candidato ao governo o senador José Maranhão, que já deixou claro que não se opõe a uma reaproximação com Júnior. De sua parte, o vice-prefeito da Capital deixou claro que não vem mantendo diálogo com o PV, que já lançou a pré-candidatura de Lucélio Cartaxo, irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, ao governo do Estado. Lucélio substitui no páreo ao próprio irmão que desistiu de concorrer ao Palácio da Redenção, agastado com a dificuldade de unidade das oposições, preferindo permanecer no exercício do mandato até o final.
Além do MDB, o PSC tem conversado com representantes de partidos como o Solidariedade, o Progressista e o PR, sobre a viabilidade de coligações, quer na eleição proporcional, quer na majoritária. Depois de ter faltado nos últimos dias a várias solenidades da prefeitura municipal de João Pessoa, ontem Manoel Júnior compareceu a um dos eventos institucionais da gestão Luciano Cartaxo e descartou estremecimento de relações com o alcaide. A minha relação com Luciano é muito boa, do ponto de vista pessoal, administrativo e político. Não tenho querelas. Estamos todos no campo das oposições e o PSC vai percorrer todo o Estado ao lado de vários companheiros para resgatar aquilo que a Paraíba quer a melhor qualidade do seu povo, apregoou.
Na reunião do PSC em que foi batido o martelo pela candidatura de Júnior ao Senado estiveram presentes o ex-deputado federal Leonardo Gadelha e os deputados estaduais Renato Gadelha e Arnaldo Monteiro. Ficou acordado que a condução dos entendimentos é de responsabilidade do ex-senador Marcondes Gadelha. Manoel Júnior chamou a atenção para a responsabilidade que o partido deve ter com a chapa proporcional, empenhando-se na eleição de deputados federais e estaduais. Vamos esperar a liberação do Pastor Everaldo e de Marcondes Gadelha para que possamos colocar o pé na estrada e fazer os contatos necessários aos interesses da Paraíba, frisou Júnior, garantindo não ter dificuldades na reaproximação com o senador José Maranhão, com quem, segundo afirma, teve apenas divergências pontuais, plenamente sanáveis.
Nonato Guedes