A partir de hoje, está liberada a coleta prévia de recursos, através da internet, por parte de candidatos a mandatos eletivos na disputa prevista para outubro. A liberação das chamadas vaquinhas virtuais foi garantida pela reforma eleitoral de 2017 e por meio de resolução do Tribunal Superior Eleitoral. As doações podem ser feitas por pessoas físicas, devidamente identificadas, dentro do limite de até 10% do rendimento do Imposto de Renda do ano anterior. A arrecadação será feita por empresas e entidades com o interesse em prestar o serviço de financiamento coletivo de campanhas eleitorais, previamente cadastradas e contratadas pelas legendas ou pré-candidatos.
Embora a doação esteja liberada, os partidos e coligações somente terão acesso aos recursos depois de 15 de agosto, fixado como último dia para os partidos apresentarem à Justiça Eleitoral o requerimento de registro de candidatos às eleições proporcionais e majoritárias deste ano. Dirigentes de alguns partidos disseram ao Correio da Paraíba que ainda estão avaliando se vão ou não utilizar as vaquinhas virtuais. A exceção é o PSOL, que inicia hoje a sua arrecadação. O presidente do partido na Paraíba, Tárcio Teixeira, também é pré-candidato a governador. De acordo com ele, quem quiser efetuar doações já pode acessar endereço específico na internet.
A campanha é denominada Ação Legal e, de acordo com Tárcio Teixeira, destina-se não só aos filiados do partido, familiares e amigos, mas à população em geral, que pode efetuar doações mediante boleto ou cartão de crédito. Ele informou que a partir de hoje será difundida campanha por meio das redes sociais e na página do partido. E explicou: Como a arrecadação é nominal e o recurso recebido depositado na conta de campanha, não será feita uma página específica para Adjany Simplício, pré-candidata a vice-governadora. A campanha colaborativa dos dois passará pela página do pré-candidato ao governo. No âmbito do PSDB, o tema ainda está sendo analisado e vem sendo tratado diretamente pela cúpula nacional, como revelou o ex-deputado Ruy Carneiro, presidente do diretório estadual tucano. Segundo ele, a direção nacional já contratou uma empresa para realizar esse serviço, enquanto a direção estadual está aguardando os desdobramentos para decidir como será procedida a campanha para arrecadação nos Estados.
No PPS, o presidente estadual, jornalista Nonato Bandeira, salientou que caberá a cada candidato buscar meios para assegurar arrecadação, com isto adequando os recursos para suas respectivas campanhas. A informação que nos chegou é de que isto não será uma obrigação do partido, mas, sim, de cada candidato, esclareceu Nonato Bandeira, cuja agremiação deverá apoiar a pré-candidatura do ex-secretário João Azevedo ao governo do Estado pelo PSB. O Tribunal Superior Eleitoral havia emitido até sexta-feira autorização para 20 das 39 empresas inscritas para arrecadar recursos.