O prefeito afastado de Cabedelo, Leto Viana (PRP) e mais 10 agentes públicos acusados de participação na Operação Xeque-Mate continuarão cumprindo prisão preventiva, segundo decidiu o desembargador João Benedito da Silva, vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba e relator do processo que trata do assunto. João Benedito indeferiu o pedido liminar em um agravo interposto pela defesa dos acusados, pedindo para que eles respondessem em liberdade. O desembargador pediu para incluir o recurso na pauta de julgamento na próxima quarta-feira, para, juntamente com o Pleno da Corte, deliberar sobre o mérito do pedido.
Os acusados foram denunciados como supostos integrantes e até mesmo operadores de organização criminosa que teria surgido a partir da compra do mandato do então prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha), do MDB, pelo valor de R$ 5 milhões, destinados ao pagamento de dívidas contraídas por ele na campanha eleitoral.
Entre as acusações constam a compra do mandato, fraudes em licitações, desvios de dinheiro de pagamento de salários de servidores fantasmas, doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal e associação a empresários para o recebimento de propina, entre outras irregularidades, tanto na prefeitura quanto na Câmara Municipal.