Em meio aos preparativos para tomar posse, hoje, em Brasília, no mandato titular de deputado federal, na vaga aberta com a morte do deputado Rômulo Gouveia, o ex-senador Marcondes Gadelha (PSC) afirmou ser necessário atestar a operosidade com que o parlamentar a quem sucede pontuou sua atuação na vida pública do Estado e na atuação em Brasília. Marcondes, que é presidente regional do PSC, frisou que Rômulo era conhecido nos meios políticos pela sua eficácia no encaminhamento de pleitos de interesse da região polarizada por Campina Grande, onde ele tinha uma base maior, e de reivindicações de outras regiões do Estado.
Marcondes Gadelha foi deputado federal em várias legislaturas. Numa delas, em 2004, sucedeu a um parlamentar também por causa de óbito o deputado Adauto Pereira, do PFL. Na campanha eleitoral de 2014, Marcondes Gadelha alcançou cerca de 60.435 votos, ficando na primeira suplência de uma coligação a que o PSC se incorporou. Exímio orador e profundo conhecedor das problemáticas nacional e estadual, Marcondes iniciou trajetória na década de 60 na cidade de Sousa, sertão paraibano, onde sua família fincou raízes políticas profundas. Ele integrou o chamado grupo autêntico do MDB, formado para combater a ditadura militar e do qual faziam parte nomes como Alencar Furtado e Lysâneas Maciel.
Em 82, Gadelha protagonizou um salto surpreendente na trajetória política, ao se filiar aos quadros do PDS e elogiar o presidente João Figueiredo, em audiência em Brasília, pela concretização da anistia que ele havia prometido. Como compensação pela sua migração para o PFL, Marcondes foi inscrito como candidato ao Senado, tendo sido vitorioso, derrotando o principal candidato do já PMDB, Pedro Moreno Gondim. Teve uma atuação profícua novamente no Senado. Ultimamente, numa das ascensões ao mandato titular na Câmara dos Deputados, elegeu como sua prioridade a concretização do projeto de transposição das águas do rio São Francisco. A batalha, agora, vai ser pela chegada das águas no Sertão, declarou.
Rômulo Gouveia (PSD) morreu vítima de infarto fulminante no hospital Santa Clara, em Campina Grande, onde chegou a ser internado para tratar de problemas urinários. A combatividade de Rômulo na defesa das causas da Paraíba era uma característica singular da sua personalidade, comentou Marcondes Gadelha. A viúva de Rômulo Gouveia, Eva, ganhou carta branca da direção nacional do PSD para comandar a agremiação no Estado. A hipótese de uma candidatura sua à deputação não é descartada, dentro do raciocínio de que Eva daria continuidade ao trabalho empalmado por Rômulo. Eva chegou a exercer mandato de deputada estadual e nunca deixou de acompanhar e apoiar o marido nas lutas políticas que este empreendeu.
Nonato Guedes