O ex-senador Efraim Moraes, que foi lançado no fim de semana pelo Democratas como opção para vice-governador na chapa encabeçada por João Azevedo (PSB), propôs, ontem, que o agrupamento liderado pelo governador Ricardo Coutinho evite perder tempo e oficialize outro nome para a segunda vaga de senador, admitindo que a deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, tem condições de preencher o figurino. O primeiro a ser lançado foi o deputado federal e ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, que rompeu com o MDB e aliou-se ao governador Ricardo Coutinho, ingressando nas fileiras do PSB.
Em algumas áreas políticas, a manifestação de Efraim foi encarada como tática para neutralizar uma possível ofensiva do Partido dos Trabalhadores para conquistar a segunda vaga de disputa ao Senado numa composição com o esquema ricardista. O presidente estadual do PT, Jackson Macedo, havia feito restrições de apoio a uma chapa que tivesse a presença de Veneziano, dado o voto do parlamentar pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em declarações mais recentes, Macedo levantou o veto, após conversa com Veneziano por ocasião de encontro em Campina no dia do sepultamento do ex-deputado federal Rômulo Gouveia. No ensejo, Veneziano explicou que fora punido pelo MDB nacional por causa de suas posições críticas em relação ao governo do presidente Michel Temer, tendo que deixar a agremiação.
Quanto a Efraim Moraes, o PT paraibano tem um contencioso com o ex-parlamentar e candidato a candidato avice na chapa de João Azevedo desde que ele foi deputado federal e senador e atacou duramente os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff. Efraim ponderou, ontem, que o nome do vice na chapa oficial pode ser definido mais adiante, mas deve haver ocupação de espaços com a confirmação dos nomes ao Senado no esquema oficial. Lembrou que o esquema montado pelo PV, PSDB e PSD já tem os dois nomes ao Senado Raimundo Lira (PSD) e Cássio Cunha Lima (PSDB) e começa a se movimentar para massificá-los. Defendo urgência na apresentação do segundo nome da chapa oficial, porque precisamos ter uma chapa completa e capacitada para que possamos continuar andando pela Paraíba, enfatizou o dirigente do Democratas, defendendo que o segundo nome ao Senado seja de uma mulher e, se possível, oriunda da oposição. Daniella tem sido cortejada por um terceiro candidato a governador, o senador José Maranhão, do MDB. É uma mulher guerreira que tem se destacado no cenário político, com bases influentes a partir de Campina Grande, concluiu Moraes.
Nonato Guedes