Foi rápida a sessão de ontem da Câmara Municipal de Cabedelo. Os vereadores decidiram esperar a remessa de provas colhidas pela Polícia Civil e o Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, para poder se posicionar sobre o pedido de abertura do processo de impeachment do prefeito Wellington (Leto) Viana, que está afastado e preso, e do vice Flávio de Oliveira, ambos do PRP. Os vereadores acataram durante a sessão um parecer emitido pela Procuradoria Jurídica da Casa, que recomenda aos vereadores a solicitação ao Tribunal de Justiça da Paraíba das provas contidas na ação resultante da Operação Xeque-Mate contra Leto.
O prefeito foi preso durante uma operação daPolícia Federal, sob suspeita de participar de um esquema de corrupção na administração municipal de Cabedelo. Além do gestor, mais dez pessoas foram presas, entre as quais a primeira-dama e o presidente do legislativo municipal. O vice-prefeito e cinco vereadores foram afastados dos respectivos cargos. Marcos Patrício, presidente do PSOL no município, afirma que a decisão agora tomada pela maioria dos vereadores representa um golpe na população. Esses vereadores não têm condições morais de representar o povo de Cabedelo e trabalham para protelar a permanência de Leto no cargo. Mas todas as provas que constam na ação já estão anexadas ao pedido de impeachment, enfatizou.
No Tribunal de Justiça da Paraíba, o Pleno marcou para a próxima segunda-feira, às 9h, o julgamento do recurso dos envolvidos na Operação Xeque-Mate, deflagrada no último dia três de abril em Cabedelo, que resultou na prisão preventiva do prefeito Leto Viana e outros implicados.