O senador paraibano Cássio Cunha Lima, do PSDB, fez veemente pronunciamento nas últimas horas abordando a crise de combustíveis que praticamente paralisa a sociedade brasileira e culpando o governo do presidente Michel Temer (MDB) por não ter preparado plano de emergência para fazer face à situação de descontrole. O parlamentar observou que o governo federal não foi pego de calças curtas diante da paralisação dos caminhoneiros, mas também não esboçou reações ou medidas concretas para equacionar o impasse.
Não vamos tapar o sol com a peneira. A incompetência do governo para administrar esse contencioso ficou comprovada num episódio que se arrasta com incalculáveis danos para os diversos segmentos da sociedade, verberou Cássio Cunha Lima. O parlamentar salientou, também, que são irreais e inconcebíveis os reajustes aplicados pelo governo, demonstrando desconhecimento da realidade nacional. Para o representante do PSDB, o governo deveria ter se pautado comais habilidade para fazer face à eventual paralisação, explicando que houve ameaças preliminares quanto a isso. O que não houve foi reação à altura por parte do governo, acrescentou.
Cássio Cunha Lima asseverou que o Congresso Nacional está à disposição para atuar como interlocutor num impasse como o de agora. Mas era preciso que o governo fosse mais ágil e tivesse soluções a apresentar. Infelizmente, o que se tem visto é um samba do crioulo doido, especialmente dentro do Planalto, enquanto a população explode em protestos para defender direitos e ao mesmo tempo coibir a crise do desabastecimento que está plenamente configurada, acentuou. O senador disse ainda que a política de agir como avestruz, enterrando-se na areia, é uma fuga à realidade, o que em absoluto sinaliza para entendimentos. Ele frisou que os relatos de inúmeros companheiros de Congresso sobre os reflexos colaterais prejudiciais derivados da crise de combustíveis são alarmantes e expressam a radiografia de uma administração que perdeu o controle da situação. Há tempo, ainda, para reverter esse cenário doloroso, se houver vontade política, finalizou Cássio Cunha Lima.
Nonato Guedes