A Confederação Nacional das Indústrias e a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, em nota conjunta, conclamaram as autoridades a buscar uma solução imediata para o quadro de paralisações no País, prevenindo que além do movimento dos caminhoneiros, que ainda acarreta consequências drásticas, há a perspectiva de paralisações de petroleiros, fechando o ciclo do caos na economia brasileira. O Brasil está na iminência de problemas ainda mais graves do que foram vistos até agora.É preciso, imediatamente, desbloquear vias de transporte. Novas paralisações, neste momento, são inaceitáveis. O Brasil não pode continuar parado. Precisamos retornar à normalidade. É hora de deixar trabalhar quem quer trabalhar, explicita a nota conjunta.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Francisco de Assis Benevides (Buega) Gadelha, comentou que, em princípio, houve uma adesão da população aos caminhoneiros, muito grande, muito forte, isto era visível, notório, mas, agora, sente-se que há uma reação em sentido contrário, uma vez que as necessidades essenciais estão deixando de ser atendidas. Em Brasília, convencidos da absoluta falta de condições do presidente Michel Temer (MDB) para encaminhar providências, líderes políticos da base governista passaram a apelar a dirigentes e expoentes do PT no sentido de que interfiram para evitar paralisação de petroleiros, já anunciada, o tornaria ainda mais catastrófica a conjuntura brasileira. Expoentes da cúpula petista já reagiram, negando-se a auxiliar o governo nessa tarefa.
O senador emedebista paraibano José Maranhão voltou a ocupar a tribuna do Senado para defender a redução dos tributos sobre combustíveis. Destacando que 45% do preço derivam de impostos, disse que não vê outra alternativa para o fim da crise. Para o senador, a constante alta dos preços tem potencial devastador. O parlamentar também lamentou a falta de investimentos em refinarias, o que submete o Brasil a vender óleo bruto barato e a importar sub-produtos mais caros. Já o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), em audiência pública no Senado com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, bateu pesado na política de reajuste de preços de combustíveise culpou o governo federal pela quebradeira do País.
– Não foi a greve dos caminhoneiros, que se arrasta pelos últimos dez dias, que trouxe o caos para o Brasil. O caos adveio do sistema tributário brasileiro, desse Estado ineficiente, corrupto, perdulário, inchado, que zomba da sociedade brasileira, com carros oficiais sendo usados indiscriminadamente aduziu Cássio Cunha Lima, cobrando uma política mais clara para o reajuste do gás de cozinha e da gasolina. O senador tucano apontou equívocos na política de reajustes de preços dos combustíveis da Petrobras,que ignorou a incapacidade da sociedade de pagar um insumo dolarizado que se não for solucionado vai afundar ainda mais o Brasil, porque o real não pode competir com o dólar.
Nonato Guedes, com assessorias