Apenas duas vagas de senador serão renovadas nas eleições de outubro, por Estados e Territórios, mas na Paraíba já se prevê uma das mais acirradas disputas da história política. Pelo menos sete nomes estão em evidência, por enquanto, mas a quantidade de postulantes pode aumentar. Segundo informa o repórter Adelson Barbosa, em artigo veiculado hoje no Correio da Paraíba, a deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, irmã do ex-ministro Aguinaldo Ribeiro, que é deputado federal, está sendo cortejada para disputar o Senado numa coligação com o MDB, que tem como pré-candidato ao governo o senador José Maranhão.
Maranhão não definiu, ainda, quem serão seus dois candidatos ao Senado, nem respectivos suplentes. O PSC, presidido pelo deputado federal Marcondes Gadelha, que deve fechar com Maranhão, quer indicar um candidato a senador e terá que escolher entre o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, e o empresário Dalton Gadelha, que atua em Campina Grande. A outra vaga estaria à espera do sim da deputada Daniella Ribeiro, que já avisou que não cogita figurar em chapa majoritária como postulante a vice-governadora. Assessores deMaranhão revelam que o convite teria sido feito a Daniella e a expectativa é de que ela se posicione ainda esta semana.
Serão renovadas no pleito de outubro as cadeiras hoje ocupadas por Cássio Cunha Lima, do PSDB, e Raimundo Lira, do PSD, ambos candidatos à reeleição. Lira é um dos mais atuantes parlamentares paraibanos em Brasília e detém prestígio junto a uma grande quantidade de prefeitos, pela defesa da bandeira do municipalismo que ele tem empalmado. Lira havia sido eleito senador em 1986, pelo antigo PMDB, fazendo dobradinha com Humberto Lucena, já falecido. Ao retornar ao Senado, já se destacou como presidente da Comissão Processante do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, atuando com isenção e equilíbrio.
Além de Cássio e Lira, estão em evidência para a disputa ao Senado o vice-prefeito Manoel Júnior, do PSC, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo, do PSB, Gregória Benário, do PCdoB, Nelson Júnior, do Psol, e Dalton Gadelha, do PSC. Veneziano é tido como o primeiro candidato a senador na chapa encabeçada ao governo por João Azevedo, do PSB. A incógnita está no candidato à segunda vaga. Um grupo de petistas defende que o escolhido seja o deputado federal Luiz Couto. Mas o ex-senador Efraim Morais, presidente do DEM e aliado de primeira hora de Ricardo, é mencionado para a vaga ou, então, para concorrer à vice-governança. O PCdoB, também aliado de primeira hora do PSB, quer que a vaga seja de Gregória. O governador Ricardo Coutinho, que decidiu permanecer no mandato até o final, sem disputar qualquer cargo, decidirá a questão, juntamente com seus aliados.
Nonato Guedes