Nos últimos anos, o Primeiro Comando da Capital (PCC) multiplicou por seis o número de integrantes, se espalhou pelo País e pela América do Sul, aperfeiçoou o escoamento de drogas para o exterior e passou a ser considerado uma espécie de organização pré-mafiosa, com faturamento estimado entre R$ 400 milhões e R$ 800 milhões por ano valor que o colocaria entre as 500 maiores empresas do País.
É o que revelam documentos encontrados pela polícia após investigação desencadeada pela morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue. A polícia ainda tem provas da ligação do grupo com o primeiro cartel de drogas chefiado por um brasileiro, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, instalado na Bolívia. Junto com ele e aliado à máfia calabresa, a facção envia, segundo estimativas conservadoras, 1 tonelada de cocaína por mês para o exterior pelos portos de Santos, Itajaí, Rio e Fortaleza. Um sistema de lavagem de dinheiro com remessas milionárias para um doleiro também foi identificado.
Cerca de 30 mil homens em todo o País fazem parte do PCC. Além de SP, com 10.922 integrantes, Paraná e Ceará são os Estados com mais criminosos ligados ao grupo: 2 mil cada. Bandidos em liberdade pagam R$ 950 por mês à facção.
Fonte: Estadão