A terceira capital mais antiga do Brasil se prepara para receber o primeiro programa público de habitação em áreas históricas do País. Próxima terça-feira (26), às 17h, os antigos casarões da Rua João Suassuna reabrem as portas em um novo conceito de moradia e de uso comercial, se consolidando como um novo marco para Centro Histórico de João Pessoa. Na Villa Sanhauá, músicos, artistas plásticos, fotógrafos, designers e outros profissionais ligados à economia criativa se preparam para mudar de endereço, trazendo vida nova para a região onde a cidade nasceu.
A revitalização dos casarões, esperada há mais de 14 anos pela população, integra um conjunto de obras e ações desenvolvidas pela Prefeitura de João Pessoa que estão mudando o perfil do Centro Histórico. O projeto foi orçado em aproximadamente R$ 4 milhões, com recursos próprios da administração municipal. Tirar a Villa Sanhauá do papel exigiu coragem e planejamento em todas as etapas. Agora, estamos mostrando para o Brasil que é possível avançar com obras em áreas essenciais como saúde, educação e habitação, sem esquecer da nossa história, prezando pelo passado que aponta para o futuro, disse o prefeito Luciano Cartaxo.
No primeiro piso dos oito casarões, além de cinco habitações, irão funcionar a Casa do Samba JP, comandada pelo sambista Preto Netto, o restaurante Vila do Porto, duas galerias de artes, um estúdio fotográfico e o Grupo Cultural de Maracatu Pé de Elefante. No segundo, estão instaladas as 12 unidades residenciais, de onde poderão surgir novos ativos culturais criados pelos artistas que foram selecionados. Os ocupantes passaram por um rigoroso processo de análise via edital lançado pela Secretaria de Habitação e assinaram termos de cessão e permissão para o uso dos prédios. Com a Villa Sanhauá estamos aliando moradia com ocupação cultural permanente, fazendo pulsar um dos maiores ativos de João Pessoa que é a criatividade, disse a secretária Sachenka Bandeira.
Patrimônio – O Villa Sanhauá foi concretizado respeitando todas as regras e legislação que regem os patrimônios históricos, passando pelo crivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep). A Prefeitura transformou os casarões em 17 unidades habitacionais e seis comerciais, além de um prédio destinado à Casa do Empreendedor de João Pessoa, oferecendo um novo polo de serviços.